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Adeus Às Armas
(Ernest;Hemingway)

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Esta é uma história de amor ocorrida nos Alpes Austríacos, durante o Primeira Guerra Mundial.
Ele é um médico norteamericano que se inscreve voluntariamente, com o grau de tenente-médico, no exercito italiano.
Naquele inverno de 1915, a guerra teve um curto período de trégua. Esperasva-se a chegada de milhares de soldados vindos do Sul, do Lácio e do Norte da Itália. Um sem número de brigadas começavam a chegar com seus regimentos de Infantaria de montanha. O Alto Comando Italiano tinha decidido lançar uma grande ofensiva em terra austríaca. Precisamente nesses dias foi que o tenente conheceu uma linda enfermeira inglesa. Foi um amor à primeira vista e ela não pôde deixar de ser seduzida por ele. Pegos pela chuva em uma estufa, não puderam ocultar o que ambos sentiam, e ao amanhecer o destino selaria seu mútuo amor para sempre.
Ao raiar do dia se escutou o som dos clarins chamando aos soldados. Anunciava-se assim o começo da ofensiva italiana. Em um breve lapso de tempo, a rua principal do bairro viu-se repleta de soldados marchando para a frente de batalha. Podia-se ver a bandeira tricolor italiana em todas as partes, e o alvoroço era infernal. A tarefa prévia era colossal, era necessário transportar em mulas as peças de artilharia até onde se pudesse, e daí os engenheiros deveriam içar os canhões com grossas cordas até os pontos mais altos das montanhas. O bombardeio inimigo não se fez esperar. As ambulancias também não estavem isentas do fogo inimigo e podia-se ver que em mais de uma ocasião elas voavam pelos ares. Foi exatamente nessas circunstâncias que o tenente-médico caiu ferido. Imediatamente foi posto em uma ambulância e esta, zigzagueando pelos caminhos, conseguiu chegar ao Hospital de Campanha. Ele tinha um ferimento profundo na perna. Foi operado em um hospital só para americanos. O coronel, sabendo do que havia ocorrido, mandou transferir sua noiva para o hospital. Aqui começou novamente um tempo de amor e felicidade. Completamente curado, entrou em férias e viajou com sua noiva para o sul da Itália. Aquilo foi maravilhoso. Durou poucos dias, mas foi inesquecível. Ao voltar, encontrou-se com o coronel, que lhe informou que o exército italiano havia perdido a ofensiva e os alemães passaram a um contra-ataque mais que furioso. O exército italiano estava completamente desmoralizado e o Alto Comando havia estabelecido tribunais militares para castigar a deserção e a desordem. Seu amigo, o coronel, foi considerado traidor e fusilado, e quando o tenente quis sair em seu apoio foi considerado prisioneiro, com imediata ordem de fusilamento. O tenente conseguiu escapar e imediatamente foi buscar sua esposa. Dirigiram-se ao Grande Lago. Subiram em um bote e se esconderam nos brejos e matagais até à noite. Assim, cruzaram o lago e chegaram à fronteira suíça. O tenente levou imediatamente sua mulher a um hospital, já que estava a ponto de parir. O parto foi muito difícil e ele determinou ao médico que salvasse a vida de sua esposa, mesmo que fosse com sacrifício do bebê. Tudo foi inútil. A mulher morreu, apesar de tudo. O tenente-médico não pôde conter as lágrimas. Ela estava temerosa pela vida dele, e finalmente ele sobrevive à guerra para deparar-se com a solidão da vida remanescente.



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