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Os Lusíadas
(Luís Vaz de Camões)

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O século XVI é a consolidação de uma série de mudanças que já vinham se anunciando no mínimo, com mais intensidade, ao longo do século XV. O mundo passa por uma grande adaptação aos novos conceitos políticos, econômicos e culturais que estão surgindo. A esse longo processo cultural que provocou uma reorganização da sociedade deu-se o nome de Renascimento.

O Humanismo do século XV já havia introduzido mudanças no modo de ver o mundo do homem medieval. Pouco a pouco, o seu olhar começa a se desviar das alturas do céu e procura o que está à sua volta, O terreno passa a ser interessante a esse homem que até então só se preocupava com o espiritual. É claro que esse tipo de mudança manifesta-se de forma lenta e gradativa, alterando passo a passo vários setores sociais.

Estudiosos começam a se interessar cada vez mais pela cultura da Antiguidade, desenvolvida pelos gregos e pelos romanos e que teria passado de modo quase ?congelado? durante a Idade Média, com poucas exceções. Admirado com a descoberta de um mundo surpreendente que já existira há séculos e séculos atrás, o homem do século XV toma consciência do processo de evolução cultural do qual faz parte. Ele pode construir uma nova realidade a partir dos ensinamentos deixados pelos antigos. Para isso, estuda, aprende latim e grego, traduz textos, toma contato com as mais variadas formas de expressão artística e científica da era clássica.

Percebendo que pode moldar a si próprio e ao mundo, o homem desperta também para a sua posição no universo que então conhece. Feito à imagem e semelhança de Deus, ninguém além dele pode, na terra, governar. O mundo é o ambiente feito por Deus para o domínio do homem: é o antropocentrismo que toma o lugar do teocentrismo medieval.

De essencial importância nesse processo foram as mudanças políticas definidas na Europa do século XVI. Nesse século, várias potências consolidam-se, provocando disputas territoriais e a consciência de uma identidade nacional. É a corrida nas Grandes Navegações. Portugal muito contribuiria para a nova demarcação geográfica. Em 1487, Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança, proeza nunca antes conseguida por nenhum outro navegador. Esse feito abre caminho para que outros navegadores portugueses possam procurar um novo caminho para as Índias e buscar na fonte as especiarias orientais tão caras à Europa. Colombo, representando a coroa espanhola, descobre as Bahamas, Cuba e São Domingos entre os anos de 1492 e 1493. Cabral, de Portugal, chega ao Brasil em 1500. Novas conquistas portuguesas passam a se suceder: descoberta de Madagascar, em 1501; estabelecimento em Sofala, Mombaça e Moçambique, em 1503; ocupação de Goa e Málaca, entre os anos de 1505 e 1507.

A burguesia, camada social que vinha crescendo em importância juntamente com a atividade comercial, provoca mudanças na estrutura econômica. Enriquecida, começa a disputar posição social com os nobres e o clero, que tinham seus direitos garantidos pelo nascimento e por Deus. A valorização do acúmulo de bens materiais acarreta o desenvolvimento do capitalismo mercantil. Além disso, a burguesia, desejosa de conquistar ?ares de nobreza?, investe em cultura, incentivando a produção artística e científica.



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