Corra, Coelho, Corra
(John Updike)
O protagonista, Harry Angst, aliás Coelho, parte de casa porque considera que seu casamento com Janice é cheio de chatice e monotonia. A fuga de Coelho é considerada uma violação da conduta social aceitável. Repetidamente, a instituição do casamento é mencionada no romance como algo sagrado, mas, por outro lado, a incompatibilidade desta é patente. Há o conflito entre as responsabilidades que o casamento acarreta e a sensação de liberdade, uma busca pelo sentido da vida. Entretanto, a sociedade que o circunda é incapaz de compreender seu questionamento e prazeres sem se preocupar por sua esposa e família. Ele apenas deseja escapar de sua casa repugnante e de sua esposa bêbada. Harry espanta-se quando foi aconselhado a também beber com sua esposa para evitar o rompimento de seu casamento. Ironicamente, Eccles, que se esforça ao máximo para manter Harry e Janice juntos, tampouco tem uma vida marital satisfatória. Ele se importa mais com os casos alheios que com o seu próprio. Harry volta para sua esposa, sabendo que ela está para ter um bebê, mas, quando ele não mais permite que ele tenha sexo com ela, ele se sente ofendido e magoado. Aqui ele demonstra a sua falta de consiração com os outros. O romance é uma proveitosa e provocante leitura. É cheio de paradoxos. O romance faz o leitor pensar sobre seus próprios relacionamentos e o tema da busca da identidade é o mais relevante neste momento, ainda que se possa dizer que essa busca acompanha a humanidade desde tempos imemoriais. A busca é mais importante que o objetivo, porque, se alguém experimenta e investiga, existe certamente a possibilidade de aperfeiçoamento e transformação.
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