Verdade Ao Amanhecer
(Ernest Hemingway)
Este livro é uma publicação póstuma e nele está retratada uma das fases da vida de Hemingway escrita pelo próprio. Está época, atrevo-me a dizer, deve ter sido uma das mais felizes da sua vida. Hemingway encontra-se em África numa longa estadia e na qual se dedica a caçar predadores que têm causado problemas às aldeias vizinhas do local onde se encontra. Neste empreendimento acompanham-no alguns empregados africanos e a sua "esposa" Miss Mary. É respeitado por todos como se fosse um herói. O amor que Hemingway tem pela vida em África envolve o leitor do princípio ao fim do livro e transmite-lhe uma sensação de pertença àquele mundo em que os animais e os homens convivem num euqilíbrio como não se vê hoje em dia. É um livro feliz, sem acontecimentos dramáticos... Apenas uma descrição das aventuras do autor/narrador nesta sua passagem por África. Além disso, é um importante documento histórico acerca da convivência e tolerância entre diferentes povos que convivem há muito tempo mas têm problemas de intolerância devido à sua diferente cultura, retratando as relações entre os masai e os outros, entre muçulmanos, cristãos e fiéis de outras religiões (incluindo uma inventada por Hemingway que é seguida por alguns dos seus dedicados e empregados e amigos)... Problemas ainda actuais, que já naquela altura estavam enraizados nos povos africanos. Destaco ainda as personagens femininas: Miss Mary, à qual todos se dedicam por inteiro, com as suas súbitas mudanças de humor, e Debba, que ama Hemingway mas sabe que não pode ser sua mulher. Um livro obrigatório para todos os leitores de Hemingway e não só...
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