Thomas Pynchon, Uma Biografia
(Zev Kremen)
Thomas Pynchon, um autor misterioso e avesso à publicidade, nasceu em Nova Iorque e graduou-se na Cornell University em 1958, onde pode ter sido influenciado por Vladimir Nabokov. As suas fantasias inovadoras transparecem Nabokov na tradução dos sinais, jogos, símbolos e no uso de jogos de palavras engenhosos. Pynchon alcança uma mestria sobre a linguagem que lhe permite transformar a sua assinatura de paranóia quase harmonicamente numa forma de poesia linguística. A sua mestria serve de uma espécie de fundamento para o seu trabalho. Um vasto enredo permance desconhecido pelo menos para algumas das suas personagens, que têm de passar através do caos e decifrá-lo em palavras com um objectivo. Este trabalho, que é também uma tarefa clássica de todo o artista, é também atirada ao leitor, que tem de seguir e escolher pistas e significados. O tema da paranóia peenche o contínuo espaço-tempo, já que Pynchon recorre a simples metáforas de entropia, o estabelecimento gradual do universo. Ele está em contacto com a cultura popular, a ficção científica e policial, e isso é evidente em todas as suas obras. O livro intitulado V é sobre duas oposições: Benny Profane, um falhado que se dedica a suposições sem sentido e várias acções estranhas, e Herbert Stencil, o intelectual bem-sucedido, que procura uma mulher espiã misteriosa, a quem chama Venus, Virgin e Void. The Crying of Lot 49, um conto, lida com um sistema secreto no U.S. Postal Service. Gravity Rainbow passa-se durante a II Guerra Mundial em Londres debaixo da barreira contra mísseis, e narra uma procura dos segredos dos Nazis e outras personagens encobertas em tom de farsa. O tema da violência, comédia e o talento para a inovação faz com que os leitores sintam que os anos 60 são muito actualmente retratados por Pynchon.
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