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Os Monstros S.a: Do Modelo De Negócios Ao Rh
(Ubiratan Carlos Machado)

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O filme é fantástico! O filme serve bem para demonstrar a
diferença entre ser líder e ter liderança. O filme começa,
ironicamente, com uma entrevista do Sr Incrível. O cara
resolve tudo! Ele é o centro de todo o processo afirmando
que sem ele a humanidade não subsistiria: você pode salvar
a humanidade quantas vezes você quiser, mas lá está ela se
metendo em encrenca novamente.

O individualismo é marca registrada dos ?líderes? que podem
ser perfeitamente identificados na entrevista dos ?heróis?.
Eles trabalham sozinhos, são decididos, autônomos, ousados
e, acima de tudo, presunçosos. No filme as situações
iniciais sempre mostram a luta por ?créditos? frente a
sociedade tal como os líderes de organizações empresariais
buscam créditos frente aos seus superiores ou acionistas.
Tudo gira em torno do ?eu? apesar de envolver o ?nós?.

A questão é que, como sempre ocorre, uma hora o líder
comete um erro. A busca frenética por resultados deixa o
líder mais vulnerável a isso. Não é só seu salário, sua
posição social ou sua carreira que está em jogo. Neste
momento algo mais precioso para ele está em jogo: o seu
ego. O Sr. Incrível salva uma pessoa que não queria ser
salva e é processado. Ele não se atentou para as
circunstancias. Agiu instintivamente, mas no fundo do seu
altruísmo ele buscava ?resultados?. O Sr. Incrível tenta
resolver muitas coisas ao mesmo tempo (ajudar a polícia,
salvar um gatinho, salvar um suicida, salvar um garoto
fanático e ainda casar) , típico de todo líder de
organização empresarial, e isso tira o foco de sua ação.

O processo leva o Sr.Incrível ao banco dos réus e tal como
todo o líder ele cai sozinho. Os seus ?fãs?, e todos
aqueles a quem ele ?salvou? e ?ajudou?, lhe viram as
costas. Afinal, ele trabalha sozinho! Instintivamente todos
gostam de ver a queda de um líder para provar a si mesmo
que não há diferença entre nós e eles. É o que diz o
Bochecha (o garoto fã que se torna vilão): eu também posso
ser herói (líder) apesar de não ter superpoderes (cargo). A
conspiração começa no exato momento em que o Sr. Incrível
(líder) diz: eu trabalho sozinho (eu tenho glória sozinho,
o sucesso é meu, só meu!).

Processado e cassado em sua ?licença de super-herói? o Sr.
Incrível se vê sentado em uma minúscula mesa de um serviço
tedioso com um salário minúsculo com um chefe que é tão ou
mais arrogante do que ele. O detalhe é que ele é um
tampinha ridículo dotado de super-poderes (cargo) que
defende na teoria, e ironicamente, que uma empresa é como
um relógio: engrenagens bem ajustadas (trabalho em
equipe).O Sr. Incrível sente na pele o que é
ser ?comandado? sem receber ?glória?. Claro que essa
sensação em nada é agradável e produz efeitos colaterais na
personalidade do nosso Sr.Incrível: raiva e desejo de mais
glória.

O Sr. Incrível dentro deste contexto se sente deprimido e
presa fácil para o seu próprio ego. O passado glorioso lhe
assombra dia a dia. O desejo de reviver os momentos de
glória e sucesso lhe são um tormento diário. Uma nova
proposta, um novo emprego, uma nova chance de ser ?o cara?.
O líder demora para aprender as lições porque ele
mais ?sente? as coisas pelo seu ?ego? do que aprende as
coisas pela sua ?razão?. Ele não ouve as pessoas, mas ouve
apenas o seu ?ego? e o desejo de ser ?mais? novamente.
O Sr. Incrível ignora tudo em nome do sucesso. Ignora seus
filhos e sua esposa. Tal como aquele líder que se dedica ao
emprego 24hs a fim de alcançar o almejado sucesso. Trabalha
até mais tarde, leva trabalho para casa e dorme sonhando
com o que tem que resolver no dia seguinte. Ele trabalha
sozinho porque quer a glória sozinho. Não sabe dividir.
Isso torna-se, novamente, pedra de tropeço para o Sr.
Incrível. Novamente a sua busca por ?resultados? o torna
vulnerável para a queda: cai sozinho.

No filme ele tem uma equipe, que apesar do seu egoísmo e na
sua falta decomprometimento com ela, insiste em resgatar o
herói solitário (líder solitário). Em todo o processo de
resgate vão se dissolvendo as instancias hierárquicas que
antes separavam esposa e marido; filhos mais velhos e
filhas mais novos; meninas e meninos; corajosos e medrosos
etc. Uma verdadeira revolução organizacional se opera
naquela família. Uma hierarquia horizontal é sedimentada
substituindo o velho sistema hierárquico (comando e
controle) estabelecido pelo Sr. Incrível.

Ele sabe que não mais pode enfrentar Kronos (o robô do
vilão Bochecha) sozinho e tem que depender da mulher e dos
filhos. Para o nosso herói (líder) Sr. Incrível é meio
difícil reconhecer isso, mas com muito custo ele o faz. Os
resultados são, de fato, fantásticos. Nesse processo o todo
poderoso Sr. Incrível (solitário, decidido, autônomo,
ousado, acima de tudo, presunçoso), dá lugar aos Incríveis
que são uma equipe coesa, solidária e altamente
comprometida. A partir deste ponto o Sr.Incrível não é
apenas um líder, mas também exerce liderança uma vez que
ele reconhece abertamente a importância da sua equipe no
seu desempenho.

Pena que nem todos os líderes de organizações empresariais
trabalhem com a própria família e, mais lamentável ainda,
que nem todos tenham uma família como a família do Sr.
Incrível...



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