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Memórias Póstumas De Brás Cubas
(Machado de Assis)

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O romance abre, em 1881, o Realismo no Brasil. Dividido em 145 capítulos curtos, truncados, dispostos de forma alinear, o narrador inicia-se de modo inesperado: pelo óbito dele mesmo.
O que inicia o primeiro capítulo é, no mínimo, instigante. Brás Cubas vai contar sua história de maneira inversa, do fim para o começo. Morto, poderá confessar tudo quanto cometeu em prejuízo de si mesmo e dos outros. Não pode ser julgado, está habitando agora o "undiscovered country". Morreu de pneumonia, mais por empenho de um emplasto que curaria as dores físicas e morais da humanidade e... sobretudo o deixaria famoso.
Confessa-nos que, apesar de sonhos vultosos, descende de família simples.
O quarto capítulo começa por advertir o leitor do perigos de uma idéia fixa. Qual era essa idéia? A do emplasto, de fazer-se conhecido, famoso mesmo, já que a vida, não lhe negara dinheiro, mas negara reconhecimento público. É preciso observar que o livro todo tem capítulos muito semelhantes ao quarto: divagações. O que pretende o narrador com isto? Com certeza, afastar o juízo do leitor para longe de suas ações nada recomendáveis em vida.
Dando continuidade à história, o narrador esclarecerá quem é a senhora que o acompanhara, entre amigos e familiares, seu cortejo fúnebre: "tinha 54 anos e era uma ruína, uma imponente ruína. Imagine o leitor que ela e eu nos amamos(...)". Trata-se de Virgília. Tinham sido namorados, quase noivos, Virgília o preterira em detrimento de Lobo Neves, mas ambos, depois do casamento desta, tornaram-se amantes.
Aguçando nossa curiosidade, BCubas fala de sua infância, das delicadezas familiares com que era distinguido e confessa-nos ser um menino-diabo. O pai, orgulhoso do filho varão, apoiava-o, mesmo quando, por raiva de um certo doutor Vilaça, denunciou seus amores expúrios com Dona Eusébia. Vilaça era casado, Eusébia recebe dele, numa moita, o que é assistido pelo menino, um beijo logo denunciado aos gritos para que todos os presentes na chácara pudessem saber dos pecados de ambos.
Aos 17 anos, conhece Marcela, prostituta espanhola radicada no Rio. Apaixona-se por ela e passa, para presenteá-la, a emitir promissórias no comércio, que somente seriam resgatadas quando o pai morresse. "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis..." É assim que o narrador nos fala do sofrimento de seu amor.
O pai, descoberta a patranha, manda-a estudar na Europa. Bcubas pensa em suicídio no navio. Mas, envolvido pelas tragédias que ocorrem ao capitão, cuja mulher está morrendo de tuberculose, adia tal ato. Há poucos comentários sobre sua estada na Europa, apenas que decorou umas citações latinas e viu-se de volta ao Rio, bacharel. Morre a mãe.
Morta a mãe, recusa o convite da irmã Sabina. Com um escravo vai para uma velha propriedade da família; e lá estando há poucos dias, fica sabendo que sua vizinha é nada mais, nada menos que... D. Eusébia! Conhece-lhe a filha , "a flor da moita": Eugênia. O doutor Vilaça havia morrido, deixando um pequeno espólio . Ambas viviam com algum conforto.
Eugênia era delicada de modos e encanta o narrador. Mas esta "flor da moita" tinha um pequeno defeito: era coxa. Uma espécie de punição por sua origem.
"Faz bem em fugir do ridículo de casar comigo. E retirou-se lentamente, engolindo as lágrimas." Envolveu-se com ela, deu-lhe esperanças e , por fim, atendendo o apelo do pai que queria- o noivo da filha do Comendador Dutra, conhece Virgília.
Reencontra Marcela, agora dona de uma lojinha, com o rosto devastado pela varíola. Nem sombra de amor, de antiga amizade. Brás Cubas trata-a com frieza.
Virgília, depois de trocar alguns beijinhos com o narrador, troca-o por Lobo Neves, em quem pressente facilidades para crescer socialmente, casa-se pouco depois com ele. O pai do narrador adoece ao saber que o filho não fora capaz de conquistar quem poderia abrir-lhe as portas do futuro, fazer-lhe ministro de Estado, respeitado e rico. Morre exclamando:
- Um Cubas!
Mal pôde tolerar que oo filho não fosse aceito. Briga com a irmã Sabina e com o cunhado Cotrim: eles queriam enganá-lo na partilha. Infeliz, sabe que Virgília voltara ao Rio. Aproxima-se do casal, toma-a como amante. Alugam uma casinha na Gamboa, distante do centro, e para lá levam D. Plácida, antiga conhecida de Virgília. É na pequena casa que ocorrem os encontros do casal. A princípio, D. Plácida envergonha-se pela função que cumpre; mas aos poucos acostuma-se.
Brás Cubas é um velho solitário. Tem dinheiro, estabilidade, mas nunca chegou a ser "ministro de Estado", conhecido e respeitado pelo público. Então, sonha com a glória através do emplasto. O que vai acabar por matá-lo. Virgília estará ao lado dele, segurará sua mão, verá seu delírio.
E onze amigos acompanharão nosso narrador ao cemitério. Um deles fará um discurso ao pé do túmulo; a que Brás Cubas comenta, em tom amargo: "Bom e fiel amigo! Não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei."



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