The Plague
(Albert Camus)
Muito pode-se dizer sobre esta obra de Camus, no entanto a palavra que a melhor define é: visceral. Em forma de narrativa simples ela é o relato do médico Rieux. Nos conta sobre uma pequena cidade norte-africana assolada por uma epidemia de Peste que a isola do mundo. As personagens se vêem então obrigadas a conviver diariamente com o desespero, o medo e a sensação de impotência. O drama humano é sempre o enfoque central. Mostra a luta existencial de cada um e suas motivações, que os leva, muitas vezes, a persistir ou desistir. A solidão é também muito enfatizada, a partir do momento que a desconfiança impera, os moradores da pequena cidade se vêem cada vez mais reclusos e solitários, o que conflita em muito com sua vontade de estar perto das pessoas queridas naquele momento fatídico. Nesta obra vêem-se claramente algumas das idéias principais do pensamento deste filósofo. No confronto das personagens com sua situação caótica pode-se vislumbrar a questão do ?absurdo? e a do ?suicídio? que são explicitadas no Mito de Sísifo. Visto por muitos como um romance da permanência, um prolongamento do Estrangeiro, ou melhor, um progresso ao Estrangeiro; o livro dos amaldiçoados e dos solitários ou um manual do relativo e da solidariedade, é, ainda assim, uma obra ímpar, que levou sete anos de gestação, maturação e redação. A Peste está além de um relato sobre uma epidemia como vemos em muitos livros, ela trata da questão humanista, com personagens sólidas e envolventes, e ao mesmo tempo simples e cotidianas como as que encontramos na vida real. Escrevendo, como de costume, de uma forma magistral ? o que lhe rendeu um Prêmio Nobel aos 44 anos ? Camus possibilita que o leitor se transporte para o livro e sinta toda a angústia e a emoção de cada página. Uma leitura realmente imprescindível.
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