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Afrodite
(Isabel Allende)

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A leitura de ?Afrodite?, de Isabel Allende, é um passeio deslumbrante por receitas, histórias, e dissertações que aliam gastronomia e sensualidade, onde os pratos, assim como o preparo dos mesmos adquirem todo um contexto afrodisíaco.
Isabel, renomada romancista, tida como uma das mais importantes na literatura contemporânea da América Latina, sobrinha do ex-presidente chileno, Salvador Allende, obrigada a exilar-se na Venezuela em decorrência do golpe militar, e assim, a abandonar a carreira de jornalista, tornando-se a autora de livros maravilhosos que, mais do que narrarem com extrema maestria a história da realidade social chilena, onde sublinha enfaticamente a mágica capacidade da mulher em assumir o poder, sem contudo o evidenciar, fizeram história literária, iniciados em sua trilogia com o famoso ?Casa dos Espíritos?
Com uma trajetória de lutas e glórias, nascida acidentalmente no Peru, mas tendo escolhido o Chile como sua pátria, e vivendo atualmente nos Estados Unidos, no cumprimento do luto por sua filha que parte em 1992, no fatal desfecho de um longo período doente, Isabel se embrenha de corpo e alma no projeto de um novo livro que tem a sensualidade como espinha dorsal, e o lança em 1998.
Independente do embasamento concreto na crença da existência de alimentos afrodisíacos, não há como negar o prazer que tangencia o êxtase, no saborear de um prato bem preparado, assim como o sexo no deleite de sua efetuação. Basta-nos resgatarmos histórias que foram agregadas à nossa cultura, para encontramos nelas a presença do alimento aliada à sedução, entre as quais temos: a maçã que expulsou Adão e Eva do Paraíso, e que em outro momento foi oferecida sedutoramente a Branca de Neve; os banquetes que Cleópatra servia aos homens alvo de suas conquistas; a barra de chocolate saboreada pelo inveterável conquistador Casanova que antecedia seus encontros amorosos, e as 50 ostras ingeridas por este, todas as manhãs, na companhia da mulher desejada.
Em ?Afrodite?, Isabel Allende presenteia-nos com receitas que primam em sua excelência pela leveza e pelo equilíbrio entre aromas, sabores e texturas, como prefácio incisivo e determinante de um ritual de sedução. Mas mais do que isso, ou numa sintonia paralela, a autora nos conta histórias, nos mostra poemas, faz citações, compilando tudo num relato poético e bem-humorado, que nos contagia e nos desperta para a consciência da capacidade que possuímos em exacerbar toda a sensualidade que nos é latente, bastando para isso que, em nome do amor, saibamos recorrer às ferramentas que a conduzem.
Como a própria Isabel propõe:
?apetite e sexo são os grandes motores da história, preservam e propagam a espécie, provocam guerras e canções, influenciam religiões, lei e arte. (...) Gula e luxúria, que tantas loucuras nos fazem cometer, têm a mesma origem: o instinto de sobrevivência?.

Cris da Silva



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