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Meditações Primeira
(Descartes, René)

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O SABER HUMANO é posto em questão logo nesta obra, pois não teria sentido escrever as outras cinco Meditações sem "destruir" metodologicamente todo o arcabouço do saber aristotélico. Tratra-se de um texto essencial para quem deseja estudar o pensamento cartesiano. O texto se estrutura da maneira como se segue. O leitor se depararar com dois processos de dúvidas. O primeiro é a dúvida natural, que se compõe de dois argumentos, a saber, o argumento do erro dos sentidos e o argumento dos sonhos; o segundo é a dúvida metafísica, que por sua vez se compõe de etapas, a saber, o deus enganador e o gênio maligno.
O primeiro processo de dúvida: a dúvida natural. Inicia-se com o argumento do erro dos sentidos e nesse argumento Descartes mostra que os sentidos são enganosos e porque ele experimentou que é assim. Daí Descartes toma como princípio ou lei que tudo aquilo que mostrar o menor motivo de engano será tido como falso. Em seguida, tem-se o argumento dos sonhos e neste caso Descartes mostra que as percepções huamans operam não apenas durante a vigília, mas também nos sonhos, mas por isso mesmo essas percepções não são confiáveis. Isso é o primeiro processo que, ao seu término, Descartes consegue mostrar que as nossas percepções não pode servir como tendo prioridade no processo de conhecimento. Todavia, existem conhecimentos que exigem o puro concurso do intelecto e por isso Descartes constrói a célebre dúvida meatfísica.
O segundo processo de dúvida: a dúvida metafísica. Aqui Descartes invoca a figura de um deus enganador, que seria responsável pelo erro do meditador, exatamente quando este estivesse fazendo alguma operação ou fazendo ciência. Ora, Descartes se depara com a questão da bondade divina e por isso essa figura não se mostra capaz de cumprir a função de fazer com o homem erre sempre. Daí ele ter que lançar de uma segunda figura, a saber, o Gênio Maligno. Neste caso, o Gênio maligno não possui nenhum atributo escrupuloso e por isso ele pode agora cumprir o que é essencial para a empresa cartesiana: nada pode ser feito em termos de conhecimento, pois o homem não possui nenhuma sorte de certeza sobre o que ele pretenda fazer.
Diante desses dois processos de dúvida, cujo resultado é a impossibilidade de obter qualquer resultado, o meditador só tem uma saída, a saber, suspender o juízo.
O próximo passo passo das Meditações será reconstruir o saber humano, que por sua vez se inicia já com a Meditação Segunda.



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