O Príncipe
(Machiavelli)
Trata-se de um ensaio político, embora não linear, no qual seu autor tece considerações sobre o funcionamento dos principados e o planejamento para que eles sejam conquistados e mantidos estáveis. Aparecem muitos exemplos como o de Francesco Sforza e principalmente o de Bórgia. Neste último, particularmente, ele destaca a grande capacidade política e a ambição desmesurada, muito acima da busca comum de uma vida confortável, e se refere também à ocorrência de infortúnios, de doenças e até mesmo da morte. O autor prossegue num rigoroso desenvolvimento de sua argumentação, discorrendo sempre numa tensão que acaba por conferir um tom de fatalidade às situações tratadas, de forma que as lições extraídas das cenas que vão se sucedendo, não seguem um padrão rígido de deduções, mas parecem inspiradas na sua própria experiência, que o autor se utiliza para citar fatos e exemplos ocorridos tanto na história antiga como contemporânea. A parte mais famosa, entretanto, é aquela em que ele descreve a figura daquele que seria o Príncipe. Ele deve ser um homem que possui - ou finge possuir, não importa - certas qualidades bem particulares. Ele tem que procurar alcançar a verdade das coisas reais, abandonando aquelas que não existem mais. De modo mais específico, ele tem que ser um Príncipe e uma fera ao mesmo tempo, como também leão ou raposa, dependendo da situação em curso.
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