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Baile Na Roça...facas Em Riste!
(BARACHO)

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Num início de noite, Baracho e uns amigos foi para um local conhecido como Santo Antônio do Ó, distante uns três quilômetros do Vau, muitas moças e vários rapazes iam à comitiva, todos a pé por uma estrada larga própria para carro de boi. Um pouco atrás, vinha Antero, um senhor de meia-idade que ficara avalentoado após ter matado um estranho perto da sua venda, e que não gostava muito de Baracho, achando que o fato dele ter sido do exército tirava-lhe o ?estrelato? de valentão da localidade.
A certa altura da caminhada, Baracho começou a cantar, tal e qual o aboio utilizado pelos vaqueiros para reunir o gado, canto esse prolongado chegando quase a acabar o fôlego do emissor e, quando assim se encontrava, Antero pulou na garganta do Baracho, não com intenção de machucá-lo, porém, para fazer gracinha para as moças da comitiva.
Sentindo o ar acabar, Baracho, automaticamente, usou o que aprendera no exército, abrindo as pernas, pegou os braços de Antero ao mesmo tempo em que se abaixava no estilo ?doublé Nelson?, não deu outra... Antero foi parar vários metros de distância caindo tal e qual um saco de batatas na terra da estrada.
Daquele dia em diante, Antero nunca mais provocou Baracho.
Chegando à localidade do "Ó", foram a uma festa de casamento com bailes e bebedeiras. Naquele povoado, os habitantes eram quase selvagens a antiquados ao ponto de fazerem sepultamento com cantorias, com o defunto sendo levado em uma coberta contida por um varal de pau. As casas não tinham sala própria, tanto fazia entrar pela frente como pelos fundos.Não havia trânsito de qualquer veículo por ali e o único barulho de motor que ouviam era de algum avião perdido da rota, a maioria das moças pedia benção a qualquer estranho mais velho.
O baile do casamento transcorria normalmente até que um rapaz bateu palmas ao lado do par composto pelo Baracho e uma moça.
Não entendo que tal gesto era um pedido para dançar com a moça e não conhecendo o rapaz, Baracho virou-lhe as costas nos passos normais da dança e foi agarrado e jogado ao chão pelo estranho, caindo sem saber que o tinha ofendido ao negar a cessão da moça.
Levantou-se rápido, já se preparando para revidar, porém, foi cercado por várias facas empunhadas pelos amigos daquele rapaz, e a música parou.
Baracho e seus amigos, não mais do que três, era minoria e estavam completamente desarmados, os rapazes começaram a avançar com as facas em riste...Porém, ouviu-se o clamor de várias vozes de idosos, os quais, entraram à frente dos agressores iminentes, e deles ouviram:
-De nenhuma forma vocês vão ferir o neto de nossa mestra e do senhor Virgílio", disseram os velhos a se referiam à avó materna e avô paterno de Baracho.
Todos obedeceram e, após as explicações, a festa continuou, enquanto, num canto do salão, o noivo colocava pedaços de frango nos bolsos do terno alegando que era para comer de noite...



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