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De Recruta A...cardeal!
(BARACHO)

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Este é um livro de contos verídicos que retrata toda a carreira policial e militar do autor com uma simplicidade digna da verdade do seu cotidiano em que serviu ao Exército, polícia militar e civil e fórum da sua comarca.
Os eventos são seqüenciais e se deram dentro das fronteiras das Minas Gerais com uma ligeira excursão a Brasília-DF., quando fez parte do ?Grupo Tático 12/RI !?.
O autor nunca utilizou a violência física durante sua longa carreira, preferindo associar o seu tirocínio empírico e a dedução lógica, mesclados a um bom ?QI? contra os assédios do ?Mal? que lhe acometiam no dia-a-dia das ?Casernas? ou das ?Ruas? a enfrentar os marginais infratores das leis.
O presente livro é uma escola de vida que poderá servir de espelho para os policiais e civis em situações análogas às que viveu e sobreviveu sem nunca ter sido ferido ou ferir a ninguém, embora tenha sido um policial atuante nos seus misteres específicos, se aposentando como Escrivão de Polícia de Classe Especial que, na gíria policial, é alcunhado de ?Cardeal!?. Vê-se, a seguir, um pequeno trecho do livro, ora resumido:...

Foi lotado na cidade de Corinto, onde ficou pouco tempo por causa do Movimento Militar de 1964.
Naquela cidade, tinha um delegado de policia que era major aposentado, era voz geral no destacamento de que o oficial sempre vendia um rádio de pilhas para os novatos que lá chegavam, com a condição de só receber a metade e, um mês depois, quando iam pagar a ele a outra metade, Ele tomava o rádio de volta e devolvia o adiantamento sem juros.
Não deu outra, vendeu o rádio para Baracho que o escondeu.
Um mês depois, o delegado especial quis receber o rádio de volta e Baracho disse tê-lo vendido e que estava disposto a pagar a outra metade. Ele não aceitou e ameaçou tomar providências administrativas, no que se manteve irredutível.
Dias depois, o delegado mandou Baracho prender um carvoeiro na roça apreendendo-lhe o revólver e a bicicleta, ao perguntar com qual soldado faria a diligência, o delegado lhe disse: você vai sozinho, está com medo? ... Aceitou o encargo e partiu num táxi alugado pela autoridade policial.
No caminho, o taxista contou a Baracho que a pessoa a ser conduzida era muito perigosa e estava em briga com o patrão por causa da carvoaria, alegando que tinha um revólver escondido no táxi e que ajudaria Baracho a fazer a prisão, no que foi aceito.
Alguns metros antes da palhoça do carvoeiro, foram juntos, Baracho pela frente e o taxista pelos fundos, conseguindo desarma-lo e lhe apreender a bicicleta.
Voltaram no mesmo táxi, contudo, Baracho fez questão de passar num advogado, relatar-lhe o fato e deixá-lo conversar com o carvoeiro por uns momentos. Ao final, o advogado disse que iria na frente e os esperaria na delegacia para que o delegado não desconfiasse do "deslize" feito pelo nosso amigo.
Ao ser apresentado o preso ao delegado, ficou patente em sua fisionomia de que não esperava a apresentação, esperava, talvez, o assassinato de seu comandado, simplesmente, por causa de uma mera prestação do rádio vendido, prestação essa que fora pago naquele dia mesmo.
Baracho não ficou sabendo o que ocorreu a seguir, entretanto, as últimas palavras que ouviu antes da porta ser fechada eram do advogado perguntando: o senhor vai autuar também a bicicleta?
Poucos dias depois, todo o destacamento foi recolhido a Diamantina para irem ocupar Brasília na revolução de 1964, tendo acontecido o fato cômico do delegado correndo atrás de Baracho pela plataforma da estação férrea por tê-lo visto com o referido rádio na mão.
Baracho corria, entregava o rádio pela janela a qualquer um passageiro, ganhava o outro lado do vagão, saía na plataforma com o delegado entrando, tornava a receber o rádio, isso acontecendo por umas três vezes, até o trem partir levando Baracho e os demais passageiros e o delegado ficando na plataforma completamente extenuado pelas correrias sem ter logrado nenhum êxito.
O rádio, devidamente pago mas comprado muito barato, ficou com Baracho até terminar a sua função normal.
*
No final de março de 1964, a unidade de Baracho, Terceiro Batalhão PM, fez parte do Grupo Tático 12° RI e, juntos com outras unidades PMs, seguiram rumo a capital federal para um confronto com o Exército de Brasília.
Na cidade de Três Marias/MG, a tropa foi acantonada num campo de futebol, enquanto os oficiais das forças armadas e da PM foram para um grande restaurante. A certa altura, alguns praças foram para lá e como lhes eram recusadas quaisquer coisas que tentavam comprar, uns, mais afoitos, entraram ultrapassando os balcões e começaram a pegar vários objetos inclusive bebidas alcoólicas.
Baracho e o seu companheiro de "rancho", cognome dado ao companheiro de barraca, por ser a mesma para duas pessoas, levou uma garrafa de aguardentes escondida no uniforme.
A confusão generalizou-se e oficiais da policia iniciaram uma série de vozes de comando, e estridentes apitos foram ouvidos.
Os irregulares policiais quedaram-se obedientes, quando foram ameaçados das mais severas punições pelos desmandos praticados, porém, de um canto, veio uma forte voz de um coronel do exército :
"Dispense os praças, o exército pagará todas as despesas e não haverá punições nem investigações que prejudique qualquer um deles."
O regozijo foi geral e todos retornaram às suas barracas em perfeita ordem ...



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