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Sagarana - 4prt
(anabordin)

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O
SEGREDO ? Ela fugiu com o boiadeiro, e Primo Argemiro nunca lhe havia
confessado o seu amor. Arrependia-se disso. SE tivesse tido coragem.
Talvez ela aceitasse, quem sabe até teria fugido com ele, pois o
boiadeiro ainda não havia aparecido. No mínimo, ela agora estava
pensando que ele era um pamonha.
A
CONFISSÃO ? Primo Ribeiro não se cansa de dizer que considera Argemiro
um irmão; nem um filho seria tão bom assim. O outro se sente mal.
Resolve confessar o seu grande segredo. Quando Ribeiro ouviu, apesar da
febre e da fraqueza, ficou muito zangado e insistiu que o Primo fosse
embora. Argemiro explicou que nunca disse nada a Luísa, nunca a
desrespeitou, que ela foi embora sem saber de nada. Ribeiro negava-se a
entender. Só conseguia repetir que o Primo fosse embora. Sentia-se
picado de cobra.
A
SEPARAÇÃO ? Primo Argemiro, não obtendo o perdão de Ribeiro, reúne as
forças PARA ir embora. Caminha com dificuldade, passa pela rocinha de
milho, assustando os pássaros pretos que o confundem com um espantalho.
O cão Jiló não sabe mais a quem obedecer. Quer seguir com Argemiro, mas
também quer ficar com Ribeiro. na dúvida, ficou. Argemiro segue
adiante, com os primeiros sintomas da tremedeira. E a lembrança vai
buscar Luisinha, antes de se casar com Ribeiro. Ela estava toda de
azul. A paisagem ali também se enfeitava de flores azuis. Bom lugar
para se deitar e morrer.

4-Duelo
DADOS TÉCNICOS
NARRATIVA ? Conto narrado na terceira pessoa. O narrador é, pois, onisciente, não participa da história.
PERSONAGENS

Turíbio
Todo: Seleiro de profissão, tinha pêlos compridos nas narinas, chorava
sem fazer caretas. Papudo, vagabundo, vingativo e mau.
Dona Silivana: Esposa de Turíbio Todo; tinha grandes olhos bonitos, de cabra tonta.
Cassiano
Gomes: Ex-militar, fama de exímio atirador, andava sempre com um rifle
ao alcance da mão. Solteiro, tinha um caso Dona Silivana, esposa de
Turíbio Todo.
Vinte-e-Um:
Caipira pequenino, morador do povoado Mosquito. Cassiano, antes de
morrer, salvou-lhe o filho e deu-lhe dinheiro. Vinte-e-Um matou Turíbio
Todo.
CENÁRIO ? Arraial de Vista-Alegre, interior de Minas Gerais.
RESUMO
ADULTÉRIO
? Turíbio Todo foi pescar e avisou à mulher que só voltaria no outro
dia. À beira do córrego, faltou-lhe o fumo de rolo para espantar os
mosquitos; bateu com os dedos nos tocos e ficou com o pé direito
ferido. Por isso, voltou para casa à noite. Ouvindo vozes no quarto,
olhou por uma fisga da porta e viu que a mulher estava na cama com
outro. Sem arma e conhecendo bem o outro (Cassiano Gomes que pertencera
à polícia e era exímio atirador), Turíbio não fez nada. Afastou-se tão
macio como se havia aproximado.
A
VOLTA ? No outro dia, ao voltar para casa, "foi gentilíssimo com a
mulher, mandou pôr ferraduras novas no cavalo, limpou as armas, proveu
de coisas a capanga, falou vagamente numa caçada de pacas, riu muito,
se mexeu muito, e foi dormir bem mais cedo do que de costume." Isso
tudo foi na quarta-feira.
A
TOCAIA ? No outro dia, quinta, Turíbio terminou os preparativos e foi
tocaiar a casa de Cassiano Gomes. "Viu-o à janela, dando as costas para
a rua. Turíbio não era mau atirador: baleou o outro bem na nuca. E
correu para casa, onde o cavalo o esperava na estaca, arreado, almoçado
e descansadão".
 
O
ENGANO ? Turíbio Todo, iludido pela semelhança e alvejando o adversário
por trás, matara não o Cassiano, mas o Levindo Gomes, irmão daquele. O
morto não era ex-militar e detestava mexer com a mulher dos outros.
PREPARATIVOS
? Cassiano Gomes fez o enterro do irmão, recebeu as condolências,
trancou bem as portas e as janelas da casa (era solteiro), conferiu as
armas, comprou a besta douradilha com arreios e tudo, mandou lavá-la e
ferrá-la. Só então, partiu para vingar a morte do irmão.
PERSEGUIÇÃO
? Cassiano não encontrou Turíbio na primeira tentativa. O papudo
conseguiu enganá-lo, voltando por caminho diverso do imaginado.
Cassiano queria pegar Turíbio desprevenido. Por isso, passou a andar à
noite e dormir de dia. Os planos de Cassiano iam fracassando. Turíbio
conhecia a região como a palma da mão. Assim, ia conseguindo escapar
com boa margem de estrada e tempo.
DESENCONTROS
? Foram tantos os desencontros que Cassiano trocou pela segunda vez de
montada, comprando um cavalo alazão. Também Turíbio Todo já trocara de
animal umas quatro vezes.
AUDÁCIA
DE TURÍBIO ? Turíbio Todo teve a audácia de voltar ao arraial e passar
uma noite de amor com a esposa, Dona Silivana. Até contou a ela, na
hora da despedida, sob segredo, o seu estratagema último. Estava
apostando que o coração de Cassiano não ia agüentar a perseguição. Dona
Silivana contou isso a Cassiano na primeira oportunidade. Depois, muita
gente sabia da intenção de Turíbio.
CINCO
MESES ? A correria monótona, sem desfecho, já durava mais de cinco
meses, e os dois rivais não se encontravam. Certa vez, Cassiano chegou
primeiro à margem do rio Paraopeba, onde só se atravessava de balsa. O
dono da balsa não estava, mas um moleque, seu filho, garantiu que o
papudo ainda não chegara por ali. Cassiano ficou de tocaia à espera do
inimigo. À noite, houve troca de tiros. No outro dia, Chico Barqueiro
quase agrediu Cassiano, pensando que ele fosse um inimigo. Explicados
os mal-entendidos, ao meio-dia, Cassiano despediu-se: estava disposto a
dar uma trégua, descansar, esperar que Turíbio relaxasse. Depois que
partiu, Turíbio chegou, pronto para atravessar o rio. Em cima da balsa,
Chico Barqueiro ainda o ofendeu.
SÃO
PAULO ? Depois de atravessar o Paraopeba, Turíbio andou muito, sempre
para o sul, até topar o rio Pará. Ali, encontrou uns baianos que iam
para São Paulo, atraídos pela cultura do café. Falaram em dinheiro
fácil. Apesar da saudade da mulher, Turíbio foi também. Depois mandava
buscá-la.



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