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Sagarana - 2prt
(anabordin)

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A
TRAGÉDIA ? Sete-de-Ouros entrou levando Badu ás costas. Os cavalos
seguiram-no. E foi uma tragédia: oito vaqueiros mortos naquela noite.
Benevides, Silvino, Leofredo, Raymundão, Sinoca, Zé Grande, Tote e
Sebastião. O burrinho Sete-de-Ouros, com Badu agarrado às crinas e
Francolim agarrado à cauda, conseguiu atravessar o mar de águas em que
se transformara o pequeno córrego. Já em terra firme, livrou-se de
Francolim e seguiu ligeiro para a fazenda. Ali, livraram-no do
vaqueiro, que dormia, e dos arreios.
 
 

2 - A volta do marido pródigo
DADOS TÉCNICOS
NARRATIVA ? Conto narrado na terceira pessoa. O narrador é, pois, onisciente, não participa da história.
PERSONAGENS

Lalino
Salãthiel: todos o chamam de Laio. Mulato vivo, malandro, contador de
histórias. Garante que conhece a capital, Rio de Janeiro, mas nunca foi
lá. Certa vez, foi realmente conhecê-la.
Maria Rita: mulher de Lalino; trata-o com especial carinho.
Marra: encarregado dos serviços; depois que a obra acabou, mudou-se do arraial.
Ramiro: espanhol que ficou com Ritinha, a mulher de Lalino.
Waldemar: Chefe da Companhia.
Major Anacleto: chefe político do distrito, homem de princípios austeros, intolerante e difícil de se deixar engambelar.
Tio
Laudônio: irmão do Major Anacleto. Esteve no seminário, vivia isolado
na beira do rio. Poucas vezes vinha ao povoado. Chorou na barriga da
mãe, enxerga no escuro, sabe de que lado vem a chuva e escuta o capim
crescer. Era conselheiro do Major.
Benigno: inimigo político do Major Anacleto.
Estêvão:
capanga respeitado do Major Anacleto. Jamais ria. Tinha pontaria
invejável: atirava no umbigo para que a bala varasse cinco vezes o
intestino e seccionasse a medula, lá atrás.
CENÁRIO ? Fazenda da Tampa, do Major Saulo, no interior de Minas Gerais.
RESUMO
I
INTRODUÇÃO
? O cenário é apresentado: homens trabalham duro escavando o solo para
dele retirar minério. Seu Marra é o encarregado, de olho em todos para
que o trabalhe ande a contento. Lalino Salãthiel é um mulato vivo,
malandro, que chega tarde ao trabalho e inventa desculpas. Em vez de
trabalhar duro, como os outros, inventa histórias, conta causos. A
maioria admira-o. Mas há quem enxergue nele apenas um aproveitador.
Generoso acha que Ramiro, um espanhol, anda rondando a mulher de
Lalino.
II
PARTIDA
PARA A CAPITAL ? Laio, naquela noite, não comparece à casa de Waldemar
para a aula de violão. No outro dia, fica em casa vendo umas revistas
com fotografias de mulheres. À tarde, vai à empresa e acerta as contas
com Marra. Está disposto a ir embora. Na volta para casa, encontra
Ramiro, o espanhol que lhe anda cercando Maria Rita. Nasce,
imediatamente, um plano: tomar um dinheiro emprestado do espanhol. O
argumento é convincente: quer ir embora sem a mulher, mas falta-lhe
dinheiro para viajar. Ramiro empresta-lhe um conto de réis. Com o
dinheiro no bolso, Laio pegou o trem na estação rumo à capital do País.
Seu Miranda, que foi levá-lo, ainda tentou dissuadi-lo. Não conseguiu.
III
JULGAMENTO
? "Um mês depois, Maria Rita ainda vivia chorando, em casa. Três meses
passados, Maria Rita estava morando com o espanhol". Todos diziam que
Laio era um canalha, que vendera a mulher para Ramiro. E assim,
passou-se mais de meio ano.
IV
NO
RIO DE JANEIRO ? As aventuras de Lalino Salãthiel no Rio de Janeiro
excederam à expectativa. Seis meses depois, Laio estava quase sem
dinheiro e começou a sentir saudades. Tomou a decisão: ia voltar.
Separou o dinheiro da passagem e programou uma semana de despedida:
"uma semaninha inteira de esbórnia e fuzuê". Acabada a semana, Laio
pegou o trem: queria só ver a cara daquela gente quando o visse chegar!

V
RECEPÇÃO
? Enquanto atravessava o arraial, Laio teve que ir respondendo às
chufas dos moradores. Finalmente, chegou à casa de Ramiro, o espanhol
que se apossou de Ritinha. Laio informou-lhe que estava de volta para
devolver o dinheiro do empréstimo. Ramiro, querendo evitar que Laio
visse Ritinha, perdoou o empréstimo: a dívida já estava quitada. Mas
Laio insistiu: "eu quero-porque-quero conversar com a Ritinha"! E disse
isso com a mão perto do revólver. O espanhol concordou, desde que não
fosse em particular. De repente, Laio esmoreceu: não queria mais ver a
Ritinha. Queria só pegar o violão. Depois, quis saber se o espanhol
estava tratando bem a Ritinha. E despediu-se. Primeiro pensou em ir à
casa de seu Marra. Depois, dirigiu-se para a beira do igarapé: era
tempo de melancia. Depois de apreciar a paisagem, Laio deu de cara com
seu Oscar. Trocaram idéias, e Oscar prometeu que ia falar com o velho
(Major Anacleto) e tentar arranjar um trabalho para Laio na política.
VI
MAJOR
ANACLETO ? "Além de chefe político do distrito, Major Anacleto era
homem de princípios austeros, intolerante e difícil de se deixar
engambelar". Quando Oscar lhe falou de Laio, ele foi categórico:
"aquilo é um grandessíssimo cachorro, desbriado, sem moral e sem temor
a Deus... Vendeu a família, o desgraçado".
TIO LAUDÔNIO ? Tio Laudônio era irmão do Major Anacleto. Esteve no
seminário, vivia isolado na beira do rio. Poucas vezes vinha ao
povoado. Chorou na barriga da mãe, enxerga no escuro, sabe de que lado
vem a chuva e escuta o capim crescer. Pois foi Tio Laudônio que
intercedeu a favor de Laio. O Major concordou. Era mandar chamar o
mulato no dia seguinte.
VII
CABO
ELEITORAL ? Mas Laio não apareceu no dia seguinte. Só apareceu na
fazenda na quarta-feira de tarde. E topou logo com o Major Anacleto.
Quando o Major tentou expulsá-lo da fazenda, Laio deu-lhe notícias de
todas as manobras políticas da região, quem estava com o Major e quem o
estava traindo. Já descobrira a estratégia do Benigno para derrotar o
Major na próxima eleição. Em troca de tanta informação, pediu a
proteção do Estêvão, o capanga mais temido do Major. Assim, o povo do
arraial ficou sabendo que Laio era o cabo eleitoral do Major Anacleto
e, como tal, merecia respeito.



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