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Auto Da Barca Do Inferno - 2prt
(anabordin)

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Logo após o embarque de Brísida Vaz, veio um Judeu, carregando um bode,
na qual fazia parte dos rituais de sacrifício da religião hebráica.
Chegando ao batel dos danados, chama o marinheiro, que por acaso era o
Diabo; perguntando a quem pertencia aquela barca. O Diabo questiona se
o bode também iria junto com o Judeu, esse por sua vez afirma que sim,
mas o Diabo o impede pois ele não levava para o Inferno, os caprenos.
O Judeu resolve pagar alguns tostões ap Diabo, para que ele permita a
entrada do bode; disse que por meio do Semifará ele seria pago. Vendo
que não consegue, ele xinga o Diabo e roga-lhe várias pragas, apenas
por não fazer a sua vontade.
O Parvo, para zombar o Judeu, perguntou se ele havia roubado aquela
cabra, e aproveitou para xinga-lo. Afirmou também que ele havia mijado
na igreja de São Gião e que teria comido a carne da panela do Nosso
Senhor. Vendo que o Judeu era uma péssima pessoa, o Diabo ordenou-lhe
logo que entrasse em sua barca, para não perderem tanto tempo com uma
discussão tola.
Depois que o Judeu embarcou, veio um Corregedor, carregado de feitos,
que quando chegou ao batel do Inferno, com sua vara na mão, chamou o
barqueiro. O barqueiro ao vê-lo, fica feliz, pois esta seria mais uma
alma que ele conduziria para o fogo ardente do Inferno. O Corregedor
era um amante da boa mesa e sua carga era qualificada como "gentil" ,
pois tratava-se de processos relativos a crimes, que era um conteúdo
muito agradavel para o Diabo. Ele era ideal para entrar na barca do
Inferno, pois durante sua vida, ele era um juíz corrupto e que aceitava
Perdizes como suborno.
O Diabo começa a falar em latim com o Corregedor, pois era usado pela
Justiça e pela Igreja, além de ser a lingua internacional da cultura.
Ele ordena ao seu companheiro que este apronte logo a barca e que se
prepare para remar rumo ao Inferno.
Os dois começam a discutir em latim, pois o Corregefor por ser aachar
superior ao Diabo, pensa que só porque era um juíz prestigiado, não
teria que entrar em sua barca. O Diabo vai perguntando sobre todas as
suas faucatruas, até citando sua mulher no meio, que aceitava suborno
dos judeus, mas o Corregedor garantiu que com isso ele não estava
envolvido, que estes eram os lucros de sua mulher, e não dele.
Enquanto o Corregedor estava nesta conversa com o Arrais do Inferno,
chegou um Procurador, carregando vários livros. Resolve falar com o
Corregedor, espantado por encontra-lo aí, questiona para onde ele iria,
mas o Diabo responde pelo Corregedor e diz que iria para o Inferno, mas
que também era bom ele ir entrando logo, para retirar a água que estava
entrando na barca.
O Corregedor e o Procurador não quiseram entrar na barca, pois eles
tinham fé em Deus e também porque havia outra barca em melhores
condições, que os conduziria para um lugar mais ameno. Quando chegam ao
batel divíno, o Anjo e o Parvo zombam de suas ações, que eles não
tinham o direito de entrar alí, pois tudo que eles haviam feito de
ruim, estava sendo pago agora, com a ida de suas almas para o Inferno.
Desistindo de ir para o paraíso, os dois ao entrarem no batel dos
condenados, encontram Brísida Vaz. Ela por sua vez, se sentiu aliviada
por estar alí, pois enquanto estava viva foi muito castigada pela
Justiça.
Veio um homem que morreu enforcado e ao chegar ao batel dos
mal-aventurados, começou a conversar com o Diabo. Ele tentou explicar
porque ele não iria no batel do Inferno, que ele havia sido perdoado
por Deus ao morrer enforcado, mas isso não passou de uma mentira, pois
ele teria que morrer e arder no fogo do Inferno devido aos seus erros.
Desistindo de tentar fugir de seu futuro, ele acaba obedecendo as
ordens do Diabo para ajudar a empurrar a barca e a remar, pois o
horário de partida estava próximo.
Depois disso, vieram quatro Cavaleiros cantando, na qual cada um trazia
a Cruz de Cristo, pelo Senhor e também para demonstrar a sua fé, pois
eles haviam lutado em uma Cruzada contra os Mulçumanos, no norte da
África. Absolvidos da culpa e pena, por privilégio dos que morreram em
guerra, foram cantarolando felizes indo em direção ao batel do Céu.
Ao passarem na frente do batel do Inferno, cantando, segurando suas
espadas e escudos, o Diabo não resiste e os pergunta porque eles não
pararam para questionar para onde sua barca iria. Convidando=os para
entrar, o Diabo recebe uma resposta não muito agradável de um dos
Cavaleiros, pois esse disse que quem morresse por Jesus Cristo, não
entraria em tal barca.
Tornaram a prosseguir, cantarolando, em direção à barca da Glória, que
quando eles chegaram nela, o Anjo os recebeu muito bem e disse que
estava à espera deles por muito tempo. Sendo assim, os quatro
Cavaleiros embarcaram e tomaram rumo em direção ao Paraíso, já que
morreram por Deus e porque eram livres de qualquer pecado.



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