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Memórias De Um Sargento De Milicias
(anabordin)

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Publicado entre 1852 e 1853, essa obra, contemporânea dos poetas
byronianos, egóticos, ultra-românticos, diverge dos exageros sentimentais do ?mal-do-século?
e da idealização heróica do romance histórico.Obra ?excêntrica? e original, antecipou
algumas linhas do Realismo, do Modernismo, da Literatura Contemporânea e do
folclore nacional.

Leonardo: o primeiro ?malandro? da nossa literatura,
?herói-sem-nenhum caráter?, moldado pelas contingências, impulsionado pelo
prazer e pela oportunidade, vão compondo um saboroso retrato da vida social e
familiar do Rio Colonial.

A trama romanesca (a relação Leonardo-Luisinhha) serve de pano de
funco à fixação dos costumes da época e à caracterização dos tipos populares:
os meirinhos, as saloias, as súcias, as maltas, o barbeiro, a parteira, as
festas e procissões, a música e a dança, a vida forense e religiosa, padres
libidinosos, pais-de-santo, fofoqueiras e, onipresente, a fina flor da
malandragem, acossada pelo temível Vidigal tudo misturado numa sucessão
vertiginosa.
O narrador é neutro e mantém-se eqüidistante, como um observador curioso,
divertido e, algumas vezes, intrometido. ? Não há a tensão bem X mal, é um romance
sem heróis e vilões, sem dramas morais. ? As camadas populares são
privilegiadas e, apesar de seus infortúnios, ninguém trabalha.

São omitidos tanto o trabalho escravo, como a elite cortesã e burguesa. ? O tom
humorístico substitui o sentimentalismo e o ufanismo; o realismo ingênuo,
espontâneo, registra cenas vulgares, nada poéticas. ? A linguagem é coerente
com o seu objetivo: norma culta, em estilo jornalístico, prosaico, sem
afetações. Nos diálogos, incorpora, algumas vezes, o registro coloquial do
falar da época, eivado de lusitanismos e solecismos.

É um anti-herói, malandro, oportunista, que se aproxima do pícaro espanhol pela
bastardia, pela ausência de uma linha ?ética? de conduta, mas, diferentemente
do pícaro espanhol, não é ele, Leonardo, quem relata suas peripécias. Além
disso, não chega a ser um ?excluído?: nunca trabalhou, teve sempre o amparo do
Barbeiro, da Comadre e de outros e, por fim, também se arranja, e muito bem,
com status? de sargento e cinco heranças no bolso. É um genuíno malandro que
deu certo.



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