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Frankenstein Ou O Prometeu Moderno
(Mary Shelley)

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     "Acaso, ó Criador, pedi que do barro
      Me moldasses homem? Porventura pedi
      Que das trevas me erguesses?"

     A epígrafe do livro de Mary Shelley foi tirada de O Paraíso Perdido, do também inglês John Milton. O "monstro", personagem central do romance que se habituou chamar "de terror", muito embora tal designação perca a preponderância secular quando contraposta às características mais relevantes da história do Dr. Victor Frankenstein, é criado a partir do que se poderia chamar um capricho do jovem aspirante a cientista. Frankenstein - que nunca foi o nome da criatura, mas sim de seu criador - decide-se a engendrar um ser que transcendesse a morte. O resultado é o gigante disforme que, devido a seus traços medonhos e demoníacos, é abandonado pelo próprio Frankenstein. A princípio vagando sozinho e instruindo-se a si mesmo, tanto moral como culturalmente, tentando praticar o bem e ajustar-se aos seres humanos, vê-se, no entanto, abnegado por todos - sempre pelo mesmo motivo: sua sórdida e insólita aparência física. - Levado às raias do desespero, a criatura subleva-se contra a raça que tanto o hostilizara, raça que em momento algum mostra-se suscetível a alguma compreensão para com ele, e, tomado de revolta contra o homem que lograra criá-lo sem que ele o tivesse pedido, instila toda a sua fúria nas pessoas mais próximas do jovem cientista. Não se trata de um romance de horror; de forma alguma. Para a época, e principalmente por ter sido escrito por uma mulher - filha do anarquista William Godwin, diga-se de passagem -, certamente arvorou-se de qualidades sombrias. Mas o que realmente assombra o leitor é a solidão e o desespero da criatura renegada, sendo que a mesma não é senão o reflexo simbólico de qualquer ser humano vitimado pelo desprezo dos que o cercam. As seguintes palavras do monstro são pungentes além de toda possibilidade de descrição: "Outrora alimentei esperanças de encontrar seres que, perdoando minha forma exterior, me amariam pelas qualidades morais que eu pudesse contrapor a ela. (...) Mas agora o crime me degradou à condição do animal mais vil. (...) O anjo decaído torna-se demônio. Entretanto, mesmo aquele inimigo de Deus e do homem tinha amigos e seguidores. Eu sou sozinho." Ao fechar-se o livro, a pergunta que se retorce no coração do leitor é: deve o monstro ser odiado ou amado?



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