I-juca Pirama
(Gonçalves Dias)
I-Juca-Pirama conta sua história, fala de sua bravura, das tribos inimigas, das suas andanças, de lutas contra Aimorés, mas, pensando no pai cego e doente, velho e faminto, sem guia, pede que o deixem viver. ("Deixai-me viver! - canto IV). Seu ato é interpretado como covardia e o chefe dos Timbiras ordena que o soltem (Soltai-o ? canto V ) e depois de ouvir o guerreiro, ordena-lhe: "És livre; parte.". O guerreiro tupi promete-lhe que voltará depois da morte do pai. No canto VI, de volta ao pai, o herói, que foi preparado para o ritual, conversa com o pai cego que sente o cheiro forte das tintas que haviam sido passadas no corpo do prisioneiro, tintas próprias dos rituais de sacrifício. Destarte pergunta ao filho: ?Tu choraste em presença da morte? Na presença da morte choraste? Não descende o cobarde do forte; Pois choraste, meu filho não és! Possas tu, descendente maldito De uma tribo de nobre guerreiros, Implorando cruéis forasteiros, Seres presa de vis Aimorés.? E ao ficar sabendo pelo próprio filho o que acontecera o velho leva-o de volta aos Timbiras e o maldiz, rogando-lhe pragas e desejando-lhe que nem a morte o receba. O filho reage e resolve mostrar que não é covarde. Grita "Alarma! alarma" o seu grito de guerra. O velho escuta, tomado de súbito pela reação do filho que luta bravamente, golpeando inimigos e destruindo a tribo timbira até que o chefe lhe ordena "Basta!". A honra do herói é então recuperada. Chorou pelo pai o moço guerreiro. E ao ser mal interpretado lutou como um bravo "valente e brioso". O poema termina com o encerramento do velho timbira ?Um velho timbira, coberto de glória, Guardou a memória Do moço guerreiro, do velho Tupi. E à noite, nas tabas, se alguém duvidava Do que ele contava, Dizia prudente: ? Meninos, eu vi!?
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