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O Texto Na Alfabetização ? Coesão E Coerência
(Gladis Massini-Cagliari)

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RESENHA:

O texto na alfabetização ? coesão e
coerência (Gladis Massini-Cagliari)





Para os interessados em linguagem, foi
lançado pelo Mercado das Letras o livro O texto na alfabetização ? Coesão e
Coerência, uma abordagem acerca da qualidade do texto usado na sala de aula. A
obra faz parte da série Idéias Sobre Linguagem e é fruto de trabalho da autora
Gladis Massini-Cagliari junto a professoras alfabetizadoras entre os anos de
1991 a 1993.

Partindo da idéias da corrente teórica da
Lingüística Textual o livro apresenta contribuições para as atividades
realizadas com texto na sala de aula, o enfoque principal é para as séries
iniciais, mas isso não impede que o livro seja de grande valia para professores
que trabalham outras disciplinas ou com alunos maiores, afinal, o texto está
presente de forma direta seja qual for a disciplina ou série em que se
trabalha, assim, para Gladis, ?muitos dos conhecimentos produzidos pela
Lingüística podem beneficiar outras ciências e artes, na medida que usam, de
alguma maneira, a linguagem falada ou escrita? (MASSINI-CAGLIARI, 2001 p.14).

O livro também é indicado para estudantes
ou iniciantes na pesquisa em linguagem, já explica termos básicos,
especialmente no primeiro capítulo, onde é apresentado um apanhado geral de
conceitos da Lingüística Geral Moderna desde Saussure até Chomsky.

Nesse capítulo também é abordada a
temática da variação lingüística, seja ela devido a idade, local de moradia,
sexo ou classe social. O texto mostra a existências dos dialetos de maior e
menor prestígio social, segundo a autora ?o que faz com que alguns deles (dos
dialetos) sejam considerados melhores ou piores do que os outros pela sociedade
não são as suas características lingüísticas, mas as características das
pessoas que falam tais dialetos? (2001, p. 17) e ainda ?os diletos valem,
dentro da sociedade, o que valem os seus falantes? (p. 25).

A escola encara a variação lingüística de
duas formas: a mais comum é atribuir a determinado dialeto valor de certo ou
errado; ou ainda há os que fazem uma gramática das diferenças entre os dialetos
observando como a sociedade age. Essa segunda opção é muito mais trabalhosa
para o professor, porém se mostra mais justa, pois considera os diferentes
falares dos alunos.

Já no que tange à coerência, é necessário
explicitar os fatores que influenciam na construção do sentido em um texto.
Dentre eles podemos citar o conhecimento lingüístico, que se refere aos
conhecimentos das estruturas lógicas do idioma e o conhecimento de mundo, que é
o conhecimento compartilhado entre os falantes e acionados no momento da
leitura.

A problemática é que, na vida adulta,
pessoas consideradas alfabetizadas apresentam dificuldades no momento de
produção/interpretação de textos escritos. Não se trata apenas de pessoas com
pouca escolarização, já que isso acontece em concursos e no vestibular.

A hipótese levantada é que o problema
esta na ?maneira como a escola trata os textos escritos, desde a alfabetização
até o segundo grau?. Assim, a autora mostra que é possível que a escola
trabalhe com no mínimo duas posturas perante o texto, posturas essas que
produzirão reações diferentes do futuro leitor/produtor perante um texto.

Partindo do pressuposto de que a criança
formula seu conceito de texto a partir dos primeiros textos escritos que chegam
até ela, é possível, já de início, vislumbrar a importância da escolha dos
textos usados em sala, já que eles é que servirão de modelo ideal do qual a
criança parte no momento da produção escrita.

O primeiro texto que a grande maioria das
crianças entre em contato é o texto da cartilha de alfabetização, assim,
tragicamente ela o adota como único modelo e passa a usá-lo como referência nas
próprias produções. Ao proceder uma análise sobre a coesão e a coerência de
tais textos compreende-se o uso da expressão trágico.

Esses textos possuem poucos e maus
utilizadoselementos coesivos e a coerência pode ser considerada como fraca
pois o texto vem descontextualizado, não tem razão de ser, muitas vezes as
palavras são escolhidas somente pela sonoridade e a própria frase apresenta
construções absurdas ou preconceituosas. Observe um dos exemplos apresentados
pela autora, da cartilha No Reino da Alegria:

Em contraponto a esse modelo de ensino
baseado nas cartilhas é outro que tem utilização menos freqüente, mas que se
livra de tais textos. Ele se baseia na construção de textos a partir do
conhecimento lingüístico da oralidade já conhecido pelo aluno, apresenta
resultados bem mais satisfatórios. Os problemas com pontuação e ortografia
aumentam, mas em comparação com os textos das cartilhas, quase não apresentam
problemas de coesão e coerência.

Gladis nessa obra dá conta de introduzir
e iniciar o esclarecimento dessa problemática, que se estende não só aos textos
de alunos mas também aos diversos textos que produzimos ou temos acesso no
cotidiano. A consciência dos fatores que compõe tais textos é despertada com a
leitura de o ?Texto na Alfabetização ? Coesão e Coerência? lançado em 2001 e
muito atual em suas 135 páginas de fácil e prazerosa leitura.



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