Dois Perdidos Numa Noite Suja
(Plínio Marcos)
Dois Perdidos Numa Noite Suja conta a história de dois sujeitos completamente distintos, que tem as vidas cruzadas ao acaso pelo destino. Tonho, um pobretão metido a coitado, sai de sua terra natal e vem a São Paulo em busca de um trabalho que lhe possa dar um mínimo de dignidade. Por aqui encontra Paco, um mal caratér metido a malandro, com quem dividirá o aluguel de um quartinho. Tonho sonha com um par de sapatos novos, prá que possa ficar apresentável e galgar o tão sonhado emprego, enquanto paco planeja como fazer seus assaltos para ficar rico as custas dos troxas. Muito acontece nessa história dramática, até que após um assalto realizado pelos dois parceiros, Paco inferniza Tonho a ponto do sujeito mais calmo de todos matá-lo. É como se Plínio Marcos nos alertasse: Por melhor que seja uma pessoa, não duvide dela, não abuse dela, não subestime ela. O melhor é que vendo as necessidades de Tonho durante toda a peça, é possível se compadecer da personagem, chegando em alguns momentos a torcer pelo bandido ao invés da vítima. Mesmo quando Tonho mata o paceiro de quarto, o leitor se sente de alma lavada, pois Paco mereceu ter morrido, e sua morte é como a renovação do Tonho na forma de um homem livre, cheio de sonhos e com dignidade. Nesse caso o morto era a maldade que rondava Tonho.
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