Lamúria !
(BARACHO)
LAMÚRIA OH, quanta lamúria Neste vale insano, Glebas de penúria Num mundo tirano! Seres sob desdita, Afoitos, carentes, Humanidade aflita Jugos pendentes! Oh! Cegos lamentosos Tolhidos de bondade, Olhos vis, enganosos, Sepulcro da verdade! As dicas da fortuna Têm logo seguidores E, em hora oportuna, Castram os valores! A inveja governa Em todo recanto, A mentira supera O temor do pranto, A traição aflora Do lodaçal da ira, Ela, ao bem, explora, Usando a mentira! A maldade é premiada Em farras de bacanal Pela escória dotada De instintos do mal. Na cripta da sujeira, Seu valor é triturado, Sua luz é passageira. A luz da verdade pura É tímida e constante, Não brota na secura Da alma do farsante, Ela só é alimentada Por amor e bondade, Ficando sedimentada Se não houver castidade. BARACHO-março/(98)
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