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O Romance
(Alfredo Bosi, Assis Brasil, Massaud Moisés,)

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O ROMANCE       ?Para alguns estudiosos, o ROMANCE é considerado a mais independente, a mais elástica, a mais prodigiosa, a mais completa de todas as formas artísticas?. Conceito: Romance é um gênero da literatura que transpõe Para a ficção a experiência humana, EM geral por meio de uma seqüência de eventos que envolvem um grupo de pessoas em um cenário específico.  ?Ele pode muito mais que o conto, a novela ou a poesia dar uma visão global do mundo. Sua faculdade essencial é essa de reconstruir, recriar o mundo. Não o fotografa, mas recria. O autor não demonstra ou repete o mundo, reconstrói a seu modo, um mundo seu, uma vida sua, recriados com meios próprios e ntransferíveis, conforme uma visão particular, única, original.?? O romance é uma visão macroscópica do Universo, em que o escritor procura retirar o máximo possível com sua intuição. Por isso, convergem para ele os resultados de outras formas de conhecimento, tais como: A História, a Psicologia, a Filosofia, a Política, a Economia, etc. que colaboram permanentemente e de vários modos para essa recriação do mundo. Do ângulo do leitor o romance é um entretenimento. É uma história que se conta. E ao lermos uma história, estamos presos, trecho a trecho ao ?e depois? que a narrativa nos provoca. Interessa-nos muito mais ?o que acontece? a o ?como acontece?. Pois, na sucessão de acontecimentos, o que procuramos é o divertimento, isto é, algo que nos distraia; que nos tire o stress, e nos dê alegria e bem-estar. Porém, o leitor mais exigente, mais culto, espera muito mais do romance, que só o entretenimento que se oferece no primeiro plano da obra. Todavia este outro lado só aparecerá se ele ultrapassar o primeiro plano. Para o escritor, o valor do romance oscila em uma escala que vai do entretenimento a sua concepção do mundo. Entreter é uma das funções do romance, isso é certo, mas esta característica não deve predominar sobre as demais, pois a obra pode perder o merecimento e o interesse. Também não se deve cair no outro extremo, ou seja, tornar-se extremamente intelectual. O Romancista é o senhor de sua obra, tem liberdade absoluta para criar, salvo as restrições impostas pela própria obra. Entenda-se que liberdade absoluta não é sinônimo de anarquia ? o romancista obedece ao contorno do seu mundo criado, que por mais vasto que seja, é sempre menor que o próprio universo. Tudo é determinado pelo mundo recriado. O Termo: Há duas hipóteses sobre a origem do termo ?romance?:  a) Pode ter-se originado de «romans» (vocábulo da língua provençal) que por sua vez deriva da forma latina «romanicus»;  b) ou teria vindo de «romanice» (hipótese mais convincente) que designava qualquer obra escrita em romanço, língua falada nas regiões ocupadas pelos romanos, e que já se diferenciava do ?latine loqui? ( falar latino); essa diferenciação foi resultado da fusão do latim vulgar com a língua de um povo conquistado pelos romanos (entre as línguas românicas está a portuguesa). Dessas hipóteses vem o termo primitivo «Romanço», que passou a rotular as obras de cunho popular, folclórica. E, como estas eram de caráter predominantemente imaginativo e fantasista, a expressão servia para expressar, ambiguamente, narrativas em prosa e em verso. Daí o caráter ficcional do romance. No primeiro caso, ou seja, entre as obras em prosa, estão os chamados romances ou novelas de cavalaria, que foi o costume durante os séculos medievais. Narravam proezas praticadas pelos cavaleiros andantes.
? No segundo caso estão, por exemplo, o Roman de la Rose e o Roman de Renart, célebres poemas franceses do século XII, o primeiro de caráter amoroso e o segundo de cunho satírico, mas ambos de intuito moralizante.  Entretanto, foi na Espanha que o romanço em versos se tornou comum. Cultivou-se tanto que quase tornou-se uma forma literária exclusivamente espanhola. Apenas no século XVII o termo «romance» começou a ser aplicado no sentido que tem atualmente. ?O Emprego do Termo em Outras Línguas. Em Inglês, usa-se «novel». Os dicionários registram a forma romance, mas apenas para narrativas fabulosas ou fantásticas (ex.: romance de cavalaria). Em Francês, emprega-se «roman». Em italiano, existe a forma «romanzo». Em alemão «roman»; nessas línguas o termo novela (nouvelle, novella, novelle) fica reservado para narrações mais breves, de um tamanho entre o romance e o conto.  Em Espanhol, a palavra novela corresponde ao nosso romance. A palavra romance ficou reservada para as narrativas curtas em versos.Romanceiro.  Primitivamente, romanceiro designava uma antologia desses textos anônimos transmitidos oralmente e depois compilados. Mais tarde romanceiro passou a referir-se a antologias de textos populares.Histórico: O romance (como entendemos hoje em dia) surge nos meados do século XVIII, junto com o Romantismo. Romance e Romantismo se ajustavam perfeitamente com o novo espírito literário, motivado pelo natural desgaste das estruturas sócio-culturais da época. Por outro lado, a Epopéia, considerada, na velha tradição Aristotélica, expressão nobre de arte, já desgastada, cede lugar, definitivamente, a uma forma artística burguesa: O Romance. O mesmo se dá com a poesia, que abandona o exclusivismo dos salões esnobes, das cortes artificiais, e populariza-se. O Romance tem o mesmo objetivo: constituir-se no espelho do povo, refletir de maneira fiel a imagem da sociedade. Para tanto, procura abranger tudo quanto era forma e recurso de expressão literária. Quebravam-se, assim, as regras e modelos. 



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