O Senhor Embaixador
(Érico Veríssimo)
A obra retrata a ditadura em uma república fictícia da América Central em que Érico Veríssimo mescla as arbitrariedades do regime militar, arbitrariedades das revoluções políticas e o espírito consumista proviente do estilo de vida americano. O protagonista merece destaque pelas dúvidas que enfrenta. É um intelectual, é partidário do socialismo, mas vive do dinheiro dos pais e trabalho para o governo militar. O Embaixador, Gbriel Heliodoro, é o típico "machão". Tem amantes e foi um herói no passado. Continua forte, viril e não há quem não se encante por sua simpatia, nem Pablo resisti em se afeiçoar por ele, mesmo o considerando corrupto e parasita do Estado, ao desfrutar dos privilégios de viver na Embaixada localizada nos Estados Unidos. Muitos outros personagens são importantes e dão sentido à obra, contextualizando o clima das ditaduras da época. Pablo, se cansa da vida confortável que tem, larga todos seus privilégios e parte para a guerrilha. Quando o movimento revo lucionário se estabelece no poder, o protagonista percebe a fragilidade de certos governantes que são postos no poder e percebe que arbitrariedades acontecem em qualquer regime polítíco. A obra tem um tom de melancolia pela aparente impossibilidade de mudança e ocorrência de justiça social. Mas é um livro excelente, uma leitura fluida, enfim vale a pena, assim como a maioria dos livros que já li deste autor.
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