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Getúlio Vargas Parte Ii
(Rui Arts)

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A carreira política
Em 1909 elegeu-se deputado estadual, sendo reeleito em 1913. Renunciou pouco tempo depois, em protesto às atitudes tomadas pelo então presidente (cargo hoje intitulado governador) do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, o velho Borges, durante a eleição. Retornou à Assembléia Legislativa estadual em 1917, sendo novamente reeleito em 1921.
Quando se preparava para combater, a favor do governo do estado do Rio Grande do Sul, na revolução de 1923, no interior de seu estado, foi chamado para concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Partido Republicano Riograndense, PRR. Foi eleito, tornando-se líder da bancada gaúcha, ou seja, líder dos deputados do Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro.
Assumiu o ministério da Fazenda (1926-1927) durante o governo de Washington Luís. Deixou o cargo de ministro para candidatar-se e vencer as eleições para presidente do Rio Grande do Sul para o mandato 1928 - 1933. Sua eleição colocava fim aos 30 anos de governo de Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul. Getúlio assumiu o governo do Rio Grande do Sul em 25 de janeiro de 1928, mas exerceu o mandato somente até 9 de outubro de 1930.
Durante esse mandato, quando se lançou candidato à presidência da República, iniciou um forte movimento de oposição ao governo federal, exigindo o fim da corrupção eleitoral, a adoção do voto secreto e do voto feminino.
Getúlio, porém, manteve bom relacionamento com o presidente Washington Luís, obtendo verbas federais para o Rio Grande do Sul. Criou o Banco do Estado do Rio Grande do Sul e apoiou a criação da VARIG (Viação Aérea Rio Grandense). Quando Presidente de seu estado, começou a se destacar como conciliador, conseguindo unir os partidos políticos do Rio Grande do Sul, o PRR e o Partido Libertador, antes profundamente divididos.
 

 A Revolução de 1930

 O problema da sucessão presidencial
Na República Velha (1889-1930), as eleições para presidente da república ocorriam em 1 de março e a posse do presidente eleito ocorria em 15 de novembro, de quatro em quatro anos. A eleição para escolha do sucessor do Presidente Washington Luís, que governava desde 1926, estava marcada para 1 de março de 1930. A posse do sucessor de Washigton Luís deveria ocorrer em 15 de novembro de 1930.
Na República Velha, vigorava, no Brasil, a chamada "política do café com leite", em que os governadores (na época, se dizia presidente) de São Paulo e de Minas Gerais alternavam-se na presidência da república.
Assim, de acordo com esta "Política do café com leite", Washington Luís deveria indicar o Presidente de Minas Gerais para seu sucessor.
Porém, no início de 1929, o presidente da República, Washington Luís, fluminense radicado em São Paulo, já tendia a apoiar o Presidente de São Paulo Júlio Prestes.
O Presidente de Minas Gerais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, então, envia uma carta, datada de 20 de julho de 1929, ao Presidente Washington Luís, na qual, indica Getúlio Vargas como seu preferido para candidato a presidência da república para o mandato de 1930-1934. Dizia Antônio Carlos na carta:
- Com o objetivo sincero de colaborar para uma solução conciliatória e de justiça, julguei acertado orientar-me na direção do nome do Doutor Getúlio Vargas, por ser o de um político que..se tem destacado no apoio firme e na completa solidariedade à política e à administração de V. Exa.
Washington Luís, então, consultou os presidentes dos estados e indicou o nome do presidente do estado de São Paulo, Júlio Prestes de Albuquerque, paulista, como seu sucessor, no que foi apoiado pelos presidentes de 17 estados.
Os 3 estados que negaram apoio a Júlio Prestes foram: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. Até hoje, lê-se na bandeira da Paraíba a palavra NÉGO.
Os políticos de Minas Gerais ficaram insatisfeitos com a indicação de Júlio Prestes, pois esperavam que Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, presidente de seu estado, fosse o indicado, seguindo a tradição. Andrada ficaria conhecido como o "Arquiteto da Revolução de 1930".
Com a indicação de Júlio Prestes como candidato oficial à presidência da república e o conseqüente apoio de Minas Gerais a Getúlio Vargas, terminava a política do café-com-leite, que vigorou na república velha, quebrando o equilíbrio político nacional criado por Campos Sales e jogando o Brasil em uma instabilidade política que dura até os dias de hoje.
Iniciou-se, então, pelos três estados dissidentes, a articulação de uma frente de oposição ao intento do presidente e dos dezessete estados de eleger Júlio Prestes.
Washington Luís era por natureza um conciliador (por exemplo, assim que assumiu a presidência libertou todos os presos políticos), mas, alguns meses depois da indicação de Júlio Prestes, em outubro de 1929, ocorreu a queda dos preços do café em decorrência da crise de 1929, o que fez com que Washington Luís mantivesse a candidatura de Júlio Prestes, como queriam os cafeicultores de São Paulo, um paulista como seu candidato, apesar das pressões de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
O café representava 70% das exportações brasileiras. Além disso, havia uma superprodução do produto nas fazendas e um grande estoque nas mãos do governo. Pela lógica, Minas Gerais, como segundo maior produtor de café, deveria apoiar São Paulo, mas terminou por apoiar o Rio Grande do Sul.



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