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Mesoamérica Parte Vi
(Rui Arts)

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Astronomia No que respeita à astronomia, esta surge a partir da observação dos astros e da construção simbólica da vida cósmica. os mesoamericanos compreenderam que o céu estava organizado segundo ciclos regulares originando uma sucessão de estações e fenómenos astronómicos. Associavam figuras de animais e plantas às diferentes constelações e os seus conhecimentos astronómicos foram-se acumulando ao longo de milénios. Este processo culminaria com a invenção do calendário, cujas origens se encontram no período pré-clássico médio, apoiada não tanto na observação dos astros, mas na aritmética.  Espaço-tempo simbólico Estes dois termos estão associados aos quatro pontos cardeais e ligados ao calendário, assegurando assim a rotação das qualidades do espaço. Por outras palavras, na Mesoamérica, uma data ou um acontecimento estava sempre vinculado a uma direcção do universo e o calendário exprimia uma topografia simbólica, característica peculiar deste período. Os dias estavam associados, segundo o seu nome, a um ponto cardeal que lhes conferia um significado mágico. Os símbolos de oriente eram: crocodilo, serpente, água, cana-de-açúcar, movimento. Ao oriente estava associada a ideia de fecundidade vegetal ou, por outras palavras, a exuberância tropical; também estava associado com o mundo dos sacerdotes. Os símbolos do norte eram: vento, morte, cão, jaguar, sílex. Este ponto contrasta com o oriente porque em termos simbólicos é árido, frio e opressivo. Era considerado como a parte nocturna do universo, como morada dos mortos. O cão (xoloitzcuintle) tem aqui um significado singular, uma vez que é ele que acompanha o defunto durante a viagem e que o ajuda a cruzar o rio de além-túmulo, que o conduz ao nada. Os símbolos do ocidente eram: casa, veado, macaco, águia, chuva. Era um rumo associado com o ciclo da vegetação, mais especificamente com o ecossistema das terras altas temperadas, com pouca chuva e mudança de estações. Os símbolos do sul eram: coelho, lagartixa, erva seca, urubu, flor. Por um lado estava relacionado com o sol luminoso e quente do meio-dia, por outro, com a chuva repleta de bebida alcoólica. O coelho, símbolo principal, era associado com os agricultores e o pulque. Com isto pode dizer-se que uma característica mesoamericana é a geografia simbólica, a qual leva a qualidades imaginárias e não a um lugar específico; se assim fosse então estes símbolos não seriam aplicáveis à Mesoamérica em geral, mas existiria um sem número deles para cada zona geográfica.    Território e centros ceremoniais Os centros cerimoniais são a base das povoações da Mesoamérica pois determinam a existência do urbanismo, que não é mais que uma porção de espaço que caracteriza os centros cerimoniais, os quais constituem o coração do espaço sagrado. Os centros têm como função orientar o espaço e transmitir esta orientação ao espaço que os rodeia. As cidades com os seus centros cerimoniais constituíam sempre a entidade política e cada um podia ser identificado segundo a cidade em que vivia. Os centros cerimoniais eram sempre construídos para serem vistos. As pirâmides eram construções que sobressaíam relativamente ao resto da cidade, para manifestar os seus deuses e as suas capacidades. Todas as construções cerimoniais eram executadas em várias fases construtivas, cada uma delas sobre a anterior, de modo que é visível na actualidade a última etapa da construção. Em poucas palavras, os centros cerimoniais são a tradução arquitectónica da identidade de cada cidade projectada em veneração aos seus deuses e senhores.   Viagem ao além Neste período concebiam-se vários tipos de além, razão porque se praticavam vários tipos de funerais: simples ou múltiplos, fossas, câmaras construídas em alvenaria, urnas, etc. A cremação era também utilizada, sabendo-se hoje que a posição social que a pessoa ocupara ou o modo como se morrera eram dois factores que determinavam o tipo de enterro. Chega-se assim a uma conclusão: a ideia de umaviagem post-mortem e o túmulo como ponto de partida para uma viagem ao além. Os mesoamericanos criam em três destinos (designações em nauatle): Cincalco (a casa do milho), a que apenas acediam os que haviam sido mortos no campo de batalha, na pedra sacrificial ou as mulheres que morriam durante o trabalho de parto; Mictlan (lugar dos mortos), inframundo que consistia numa peregrinação subterrânea que conduzia os mortos ao extremo norte do mundo; Tonatiuhichan (a casa do sol), o paraíso do sol, situado na direcção este. Tratava-se de um sítio dominado pelo sol. Em cada enterro eram colocados alimentos e bebidas depositados em objectos de barro para que o morto pudesse alimentar-se durante a viagem; eram também colocadas máscaras para protegê-los do frio.  Arte político-religiosa A expressão artística estava condicionada pela ideologia, que misturava ao mesmo tempo a religião e o poder; grande parte das obras que sobreviveram à conquista europeia eram monumentos públicos.



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