Historia De Roraima Parte Iii
(Rui Arts)
O garimpo Produção de ouro em Roraima<2> Ano Produção (kg) 1985 161 1986 104 1987 167 1988 334 1989 325 1900 5.646 1991 3.469 1992 1.038 No oeste de Roraima são incontáveis as regiões onde pode-se encontrar ouro. De 1987 a 1991 foram cento e oito pistas clandestinas construídas na região dos Ianomâmi. O garimpo foi, para a região, provavelmente, o mais poderoso atrativo populacional e econômico de sua história, ao passo que foi, sem sombra de dúvidas, o mais destrutivo e nocivo ao meio-ambiente entre todos os demais. É sabido, há tempos, do potencial mineral da região (os geólogos afirmam presença em demasia de urânio, tório, cobalto, molibdénio, titânio, tantalita, columbita, cassiterita, ouro e diamante, além de vários outros minérios). A exploração do garimpo iniciou-se na década de 1930, pelo Paraíbano Severino Mineiro. As regiões mais antigas e maiores produtoras eram: Serra do Tepequém Serra do Maturuca Serra Verde Vale do rio Cotingo Vale do rio Quinô Igarapé do Suapi Igarapé do Sapão Vale do rio Mau Água Fria E foi em meados de 1980 que este mais foi explorado ? de forma descontrolada e não-sustentável ? trazendo aos estados dezenas de milhares de imigrantes vindos sobretudo do Nordeste brasileiro, mas também de estados vizinhos, do Sul e de outros países. O garimpo era feito com máquinas, o que agilizava o trabalho ? e a destruição. Um exemplo do poder destrutivo da garimpagem feita com máquinas é a serra do Tepequém ? no município de Amajari, onde há um espaço num rio denominado "funil" por ser este o seu formato, adquirido como conseqüência das explosões realizadas pelos garimpeiros em busca de ouro, diamante e outras pedras preciosas. Até que, alguns anos depois da explosão da garimpagem, foi demarcado o Parque Indígena Ianomâmi, o que fez o serviço praticamente desaparecer da região. O ambiente foi poupado, contudo muitas marcas deixadas pela exploração ainda são visíveis. Produção de diamantes em Roraima<3> Ano Produção (quilate) 1985 6.913 1986 12.871 1987 6.100 1988 8.500 1989 50.000 1900 100.000 1991 100.000 1992 85.000 Os dados da quantidade de diamantes que já saíram de Roraima é imprecisa, devido a leveza da mercadoria, o que facilita o transporte e a sonegação de impostos. A administração do território O Território Federal do Rio Branco foi oficialmente implantado em 13 de setembro de 1943 de acordo com o Decreto-Lei N° 5812, mas seu governador só se apresentou em junho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Os governadores dos territórios federais eram nomeados pelo presidente da República. De uma forma geral, pode-se analisar a história administrativa do estado em três períodos: Período pré-Ditadura Militar (1943 a 1964) No total 15 governadores administravam a região, em média por um tempo curto de 16 meses, o que inviabilizou o crescimento esperado. Capitão Ene Garcez dos Reis (21 meses) Tenente Coronel Félix Valois de Araújo (26 meses) Capitão Clóvis Nova da Costa (13 meses) Dr. Miguel Ximenes de Melo (22 meses) Prof. Jerocílio Gueiros (9 meses) Coronel Belarmino Neves Galvão (6 meses) Sr. Aquilino da Mota Duarte (12 meses) Dr. José Luiz de Araújo Neto (19 meses) Tenente-Coronel Auris Coelho e Silva (6 meses) General-Médico Ademar Soares da Rocha (5 meses) Capitão José Maria Barbosa (35 meses) Sr. Hélio Magalhães de Araújo (26 meses) Dr. Djacir Cavalcanti de Arruda (5 meses) General Clóvis Noda da Costa (segundo mandato) (17 meses) Dr. Francisco de Assis Albuquerque (18 meses) Período da Ditadura Militar (1964 a 1985) Foram oito governadores durante os 20 anos do Regime Militar. Tenente Coronel Dilermando Cunha da Rocha (40 meses) Tenente Coronel Hélio da CostaCampos (14 meses) Major Walmor Leal Dalcin (10 meses) Tenente Coronel Hélio da Costa Campos (segundo mandato) (49 meses) Coronel Fernando Ramos Pereira (60 meses) Brigadeiro Ottomar de Souza Pinto (47 meses) Brigadeiro Vicente de Magalhães Morais (9 meses) General Arídio Martins de Magalhães (19 meses) Período pós-Ditadura Militar (redemocratizado) (1985 a 1990) Durante esse curto período de cinco anos que antecede a transformação do território em estado, o território foi governado por quatro pessoas. Doutor Getúlio Alberto de Souza Cruz (28 meses) General Roberto Pinheiro Klein (11 meses) Dr. Romero Jucá (18 meses) Sr. Rubens Vilar de Carvalho (8 meses) Novo território, novos municípios Para formar o Território Federal foram desmembrados e mantidos três municípios. Moura e Barcelos foram os desmembrados e Boa Vista do Rio Branco foi mantida na região, tornando-se capital. O decreto supracitado (n° 5812) criou, ainda, os municípios de Boa Vista (simplificando seu nome com a exclusão de do Rio Branco) e de Catrimani. Este último nunca chegou a ser implantado e, em 1955, foi extinto e em seu lugar ficou Caracaraí. No todo, haviam sete distritos, quatro em Boa Vista (a sede, Conceição do Mau, Depósito e Uraricoera) e três em Caracaraí (sua própria sede, Santa Maria do Boiaçu e São José do Anauá). Em 1962, o deputado federal roraimense Valério Caldas de Magalhães, apresentou um projeto de lei para modificar o nome do Território Federal do Rio Branco para Território Federal de Roraima. A justificativa era a confusão feita em todo o Brasil (especialmente entre os Correios) com o Território e a capital acreana Rio Branco. O nome "Roraima", vem do Ianomami e significa "monte verde" e representa o impávido e imponente Monte Roraima localizado na fronteira tríplice entre Brasil, Venezuela e Guiana, sendo este o ponto culminante da região. Com um Território mais povoado e desenvolvido, a pleno vapor, em 1982 foi aprovada a Lei N° 7009 de 1 de julho, criando oito novos municípios, três com terras emancipadas de Boa Vista e quatro com terras desmembradas de Caracaraí. Nasciam a partir da área de Boa Vista Alto Alegre, Bonfim e Normandia, e de Caracaraí Mucajaí, São João da Baliza e São Luiz (mais conhecido até hoje por São Luiz do Anauá). Alguns anos depois, em (1994, com Roraima já transformada em Estado) criaram-se outros dois municípios: Caroebe, com terras desmembradas de São João da Baliza e Iracema, a partir de Mucajaí. No ano seguinte, em 1995, criaram-se os últimos cinco municípios: Amajari e Pacaraima, com terras desmembradas novamente de Boa Vista, Uiramutã, a partir de Normandia, Cantá, com terras de Bonfim, e, por fim, Rorainópolis (a atual segunda maior cidade do estado e de maior crescimento porcentual demográfico anual) diminuindo o terreno de São Luiz (do Anauá). As leis estaduais (de 1994 e 1995) e federais (de 1982), no entanto, pecaram por não citar os distritos que devem fazer parte desses novos municípios. 1988: um estado a espera de nascer Artigo 14 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Brasileira: o antigo Território Federal de Roraima torna-se estado de Roraima. A lei é promulgada em 1988 e o Território Federal passa a ter uma data de criação (13 de setembro de 1943) e de fim (5 de outubro de 1988). No entanto, foram necessários mais um ano e meio para que a região ganhasse definitiva e democraticamente o direito de ostentar o título de "estado", em 1 de janeiro de 1991, dia em que havia tomado posse, legalmente, o primeiro governador eleito da história do estado. Foi o outrora governador do território federal Brigadeiro Ottomar de Souza Pinto. Ele instalou suas secretarias de estado por meio de medida provisória, foram elas: Secretarias de Atividades Meio Secretaria de Estad
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