Vidas Secas
(Gracilianos Ramos)
Em VIDAS SECAS , o autor nos passa as impressões dos retirantes da seca: Fabiano, Sinhá Vitória ,os meninos e a cachorra Baleia, são obrigados a deixarem a terra onde vivem para irem em busca de lugar melhor. Percorrem extenuados um longo caminho:sem água, sem comida; poeira e sol escadantes são seus companheiros.Após uma longa caminhada chegam até uma pequena fazenda que fora abandonada.A casa, uma tapera de barro , serviu-lhes de abrigo até quando a chuva chegou e o dono voltou. Queria seu sítio de volta e Fabiano, pediu para ficar como vaqueiro.Passou a cuidar do gado, da casa e a ser explorado pelo dono, que lhe pagava uma ninharia. Assim , eles seguem em suas vidas secas - áridas de coisas, de palavras e de sentimentos. Apesar de tudo, eles sonham, Fabiano sempre desejando receber o preço justo de sua labuta e o respeito dos outros, pois SE sente como um bicho e não como homem, a mulher com uma cama de verdade, o mais velho deseja respostas para suas perguntas sem receber cocorotes e xingamentos por cada pergunta feita , o mais novo deseja ter a coragem e a bravura do pai, e até a cachorra sonha com uma boa comida! Passam um inverno rigoroso que também chega alagando tudo, matando o gado, trazendo o desassossego e frieza numa velha e gotejante casa de palha. Levam um vida simples , participando de festas de natal na cidade, onde se sentem como peixes fora d''água.A morte da cachorra Baleia é a parte comovente do livro, visto que Fabiano é obrigado a matá-la por causa de uma doença.De novo, a seca chega e os obriga a irem embora para longe. Desta vez, para cidade grande, onde se tornarão mais anônimos do que nunca e mais perdidos ainda, mais sofrimento e dores, homens corajosos e teimosos numa terra estranha.
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