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Mar Morto
(Jorge Amado)

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Mar Morto ? Jorge Amado

Romance que trata da vida e costume das pessoas e principalmente pescadores do Recôncavo baiano, na cidade de Salvador- Bahia. Mostra também as tradições religiosas do candomblé, descrevendo as crenças nos orixás (deuses africanos) e em Iemanjá ? a deusa do mar- e o respeito e veneração por ela, sentida pelos pescadores do recôncavo.
Jorge Amado mostra neste romance o trabalho dos homens do mar, remendo das redes, a ida dos pescadores para o mar e a preocupação de suas esposas, mães e filhos com respeito à sua volta para casa. O mar é muitas vezes perigoso e Iemanjá leva os homens para sempre e nunca mais retornam a seus lares. São descritas as tormentas em alto mar com uma descrição tão exata, que se chega a sentir a sensação verdadeira da água no rosto e o vento a rugir, o choro das crianças e dos parentes ao verem que seus familiares não retornam e as amantes que esperam por seus homens caindo na luxuria até a exaustão quando eles voltam a seus braços novamente. Surgem nos capítulos, as areias, o mar, os saveiros e embarcações grandes entrando na Bahia de Todos os Santos.
Como personagens principais, Lívia e Guma. Lívia espera sempre por Guma. O amor deles é lindo. Ela é uma mulher muito bonita, cobiçada por todos, mas ela é só de Guma, casada com ele que é pescador e mestre de saveiro. O amor de Lívia e Guma não era aprovado pelos parentes dela porque havia esperanças de que viesse a se casar com alguém de posses e não com um simples pescador. Porém, muitas coisas acontecem e o amor deles vence, rompendo todas as barreiras. Desse amor nasce um belo menino.
Fala-se muito dos costumes do local e do comportamento das pessoas. Os diálogos das personagens utilizam o linguajar típico da região. O respeito que sentem com relação à ?deusa do mar? e às festas típicas em homenagem a ela, os presentes jogados ao mar, porque Iemanjá ou Janaína como muitos a chamam, é vaidosa. Iemanjá é conhecida por muitos nomes. Os canoeiros a chamam de Janaína, os pretos de Inaê, Princesa de Aiocá e as mulheres que esperam por seus homens a chamam de dona Maria. Iemanjá adora as noites de lua cheia e o canto dos negros e as preces das mulheres do mar. É ela que causa as tempestades e escolhe os homens que levará para as profundezas do mar.
Contam-se muitas histórias também de cada personagem. Dentre eles: Rosa Palmeirão, mulata boa de briga e de cama. Mulher bonita e valente que não negava fogo e também se era para enfrentar um homem de faca ou navalha, ela enfrentava. Histórias também de pescadores que embarcavam em navios mercantes para ver se melhoravam de vida e assim socorrer seus parentes pobres. Conhecer o mundo e aprender outras línguas também era o sonho deles. Amigos de Guma voltavam de tempos em tempos contando novas aventuras.
Há histórias dramáticas de quando os pescadores se vêm sem seus saveiros, sem ter o quê deixar para seus filhos, entrando em desespero, alugando seus braços como estivadores ou então se arranjando em alguma quitanda ou embarcando em algum navio mercante na esperança de melhorar de vida.
Assim como havia pessoas embarcando para as terras do além-mar, também havia aqueles que iam se aventurar nas terras da Bahia, como era o caso do árabe Toufick que chegara um dia num navio, vindo das terras distantes da Ásia, deixando atrás de si um rasto de sangue. Morava na ladeira do Pelourinho, no bairro árabe e como bom comerciante na rua Chile em Salvador, começou a ir bem nos negócios.
Havia também a presença do Dr.Rodrigo que ajudava a todos no cais. Fazia os partos das mulheres dos pescadores e os abortos também. Segundo ele, era melhor fazer a coisa de maneira certa e higienizada do que elas irem a um charlatão que pudesse causar problemas mais sérios de saúde às mulheres que quisessem abortar. Muitas delas tinham até dez filhos e não possuíam condições de alimentar a todos e já que elas iam fazer de qualquer maneira o aborto, por que não ajudar dizia ele.
A personagem central, Guma, gaba-se muito do seu saveiro ?valente? e das aventuras nas águas azuis da Bahia.
Só que Guma desaparece no mar em noite tormentosa, com ventos fortes que batem contra o saveiro. É o triste destino de quem enfrenta as águas bravias. Numa noite em que ele tentava levantar dinheiro para sustentar sua família e tirá-la da pobreza e desconforto. Tinha-se metido no negócio de contrabando de sedas, ajudando o turco Toufick, levando para o cais as peças de seda, sem ter que pagar imposto. Como era um bom navegador e sabia enfrentar o mar aberto, tinha se aventurado nessa empreitada. Só que essa noite era a última e fora com Iemanjá para as terras de Aiocá.
Lívia já sem lágrimas a derramar, assume o barco de seu marido, único bem que deixou para ela e seu filho. Ele morreu no mar e a maneira que ela encontrou de estar ao lado de Guma, já que o seu corpo não fora encontrado era trabalhando o barco deles, enfrentando a vida do mar como mulher forte. Muitos que a viam sair com o barco cedo de manhã, a viam como a própria Iemanjá pelo fato de ter-se tornado uma guerreira.



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