Resumo de Anac Suspende Venda De Novos Vôos E Pode Chamar Fab Para Levar Passageiros

Anac suspende venda de novos vôos e pode chamar FAB para levar passageiros

BRASÍLIA/SÃO PAULO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu todas as companhias aéreas de venderem novos bilhetes com vôo partindo de Congonhas e pode colocar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) à disposição para dar conta dos passageiros que não conseguiram embarcar nesta segunda e terça-feira e têm bilhetes com partida no aeroporto. em dezembro, a FAB chegou a colocar sete aviões à disposição da TAM para reduzir atrasos em aeroportos. Segundo a Anac, estão assegurados apenas o embarque de usuários que já possuam os bilhetes. A proibição de venda de passagens vai valer até que o tráfego aéreo no terminal esteja normalizado e entrou em vigor ontem mesmo. As centrais de reserva das empresas serão monitoradas. Também foram proibidos vôos fretados e charters em Congonhas, além de conexões e escalas.
- A partir do momento em que percebermos que as companhias aéreas não tiverem mais condições de atender os passageiros, nós tomaremos as medidas - afirmou Milton Zuanazzim, presidente da Anac.
A agência responsabilizou as empresas pelos atrasos e cancelamentos no aeroporto desde o acidente com o Airbus da TAM e determinou que elas informem seus atrasos e cancelamentos em seus "call centers" e páginas na internet, além de manter equipes nos aeroportos para orientar os passageiros.
A partir de 4 horas de atraso, se a empresa não conseguir embarcar o passageiro num outro vôo, ele terá direito à restituição imediata do valor da passagem.
"O passageiro tem o direito ao reembolso do valor já pago pelo bilhete se o transportador cancelar a viagem", lembrou a Anac, ao determinar o reembolso.
A Gol pediu que os passageiros com passagem marcadas até o dia 30 adiem suas passagens para a semana que vem, pois sua malha será readequada.
O problema de atrasos ocorreu em vários aeroportos do país nesta terça-feira.
Daqui a 60 dias, o Aeroporto de Congonhas somente poderá ser usado para vôos com duração de até 120 minutos (duas horas). A nova malha áerea também vai retirar todas as conexões e escalas do aeroporto paulistano. Os vôos deverão ser apenas ponto-a-ponto. Com isso, devem ser mantidos apenas vôos para cidades como Rio, Brasília, Porto Alegre e Curitiba. Até agora, Congonhas só não tinha vôo para o Piauí e vôos fretados de agências de turismo saiam para todos os estados do país.
Em nota divulgada nesta terça, a Gol pediu aos passageiros com viagem marcada até a próxima segunda-feira, dia 30, que adiem o embarque. A Gol informou que vai implantar uma nova malha na semana que vem e que espera a normalização do tráfego aéreo nesse período. Os vôos que forem transferidos para o Aeroporto de Guarulhos serão informados no site da empresa (Voegol) . Aeroporto fica sem avião para decolar Nesta terça, o aeroporto mais movimentado ficou sem aviões para levantar vôo. Depois de abrir para pouso com quase três horas de atraso (às 8h50m), Congonhas fechou mais duas vezes por causa do nevoeiro e do mau tempo. No início da tarde, sem pousos, as companhias também não tinham como cumprir seus vôos programados para decolar. Até 18 horas, dos 210 vôos programados, 96 foram cancelados e 29 saíram com atraso.
Além de ficar sem aviões, ficou também sem passageiros. Até 18 horas, 71 vôos de Congonhas tinham sido alternados para Guarulhos, deixando o saguão praticamente vazio. O Aeroporto de Guarulhos lotou e faltou até mesmo escada em avião para os passageiros desceram (leia sobre a superlotação em Congonhas ).
Na segunda, as companhias devolveram bagagens aos clientes por conta dos problemas no aeroporto.
A pista principal do aeroporto continua fechada. No início da noite de ontem, houve um desmoronamento de terra na cabeceira da pista, que hoje será periciada. Terra e lama deslizaram sobre um muro de contenção no acesso da Washington Luis para a Avenida dos Bandeirantes, interditando parte da pista. Os bombeiros usaram uma lona para fazer a contenção da encosta. A Defesa Civil informou que ainda há risco de deslizamento por causa da chuva. Na segunda, Congonhas entrou em colapso. As companhias fecharam o check-in no aeroporto, remarcaram passagens e cancelaram a maioria dos vôos que tinham programado

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