O Fumo E Os Pobres
(Rodrigo Guedes de carvalho)
" Estava visto, era de esperar. Depois de voltas, reviravoltas, hesitações e cambalhotas, vem aí a nova lei antitabaco. À portuguesa, é confusa e, sobretudo, permissiva o suficiente para deixar tudo mais ou menos na mesma. Repare-se: em itália, na Irlanda ou França, cortou-se a direito. Numa lógica simples de "ou há proibição ou não há". Está mais do que provado que nestas matérias, sobretudo no tabaco, não há lugar para meias tintas. pensemos no esforço de aqueles que tentam deixar de fumar. Quem passou pela experiencia, sabe que, por mais que custem ( falámos de uma dependencia fisica), a única maneira é deixar de vez. Mas o governo portugues parece aqueles fumadores hesitantes e indecisos que dizem que vão começar por `reduzir`. Uma estrategia quase sempre votada ao fracasso. Reduz-se uma semana ou duas e logo se regressa as performances do costume. E os quatro ou cinco cigarritos logo se transformam, novamente, nos dois maços. Não é muito dificil adivinhar o que vai passar em portugal. com uma lei com tanta alinea e excepção, haverá sempre quem encontre o buraco por onde fugir, desde os donos do estabelecimentos até aos fumadores. Ista para já não falar daquelas situações (poucas) em que a lei será clara: não nos admiremos que ainda assim não seja cumprida. O problema de base é que toda a operação tyeva sempre dificuldade de disfarçar ser pouco mais do que cosmética. sentindo a pressão da nova ordem mundial, dos apelos a uma reflexão profunda sobre a saúde pública. o governo portugues disse que sim, que tambám ia tratar do assunto. Mas tem revelado a debilidade de quem não consegue fugir a duas os tres correntas que o apertam.(...) Ao tomar o seu café de manha cedo ao balcão de uma pastelaria, vai continuar a ter que suportar o fumo do tipo ao lado"
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