Rock Progressivo
(Rui Arts)
Rock progressivo Rock progressivo {{{imagem}}} {{{legenda}}} Origens estilísticas: jazz, música clássica, música psicadélica Contexto cultural: Fim dos anos 1960 e início dos anos 1970 Instrumentos típicos: teclado, sintetizador, violão, guitarra, bateria, vocal, baixo, Flauta Popularidade: Formas derivadas: rock sinfônico, space rock, art rock, rock neoprogressivo, R.I.O, indo-prog, metal progressivo, rock sinfônico italiano, Krautrock, Zeuhl Gêneros de fusão jazz fusion, folk rock (folk progressivo) Cenas regionais Inglaterra, Itália, Alemanha e outras partes da Europa e do mundo Outros tópicos Cena Canterbury O rock progressivo (também abreviado por prog rock ou prog) é um ambicioso, eclético e muitas vezes grandioso estilo de música rock que apareceu nos fins da década de 1960 principalmente na Inglaterra, atingindo o pico da sua popularidade no princípio da década de 1970, mas que até hoje continua a ser ouvido. O rock progressivo foi um movimento principalmente europeu que bebeu as suas principais influências na música clássica e no jazz fusion, em contraste com o rock estadunidense historicamente influenciado pelo rhythm and blues e pela música country. Ao longo dos anos apareceram muitos sub-géneros deste estilo tais como o rock sinfônico, o space rock, o krautrock, o R.I.O e o metal progressivo. Praticamente todos os países desenvolveram músicos ou agrupamentos musicais voltados a esse género, e uma boa dose de músicas típicas regionalmente também se inseriu no estilo. Seus fãs admiram o estilo pela sua complexidade, que requer um alto grau de virtuosismo por parte dos intérpretes. A crítica muitas vezes (amplamente após o surgimento do punk rock) troça do género por ser demasiado pomposo e complacente. Isto deve-se ao facto de que ao contrário de outros estilos musicais consistentes como a música country ou o hip hop, o rock progressivo é difícil de definir de um modo conclusivo. Robert Fripp líder dos King Crimson chegou a mostrar de viva voz o seu desdém pelo termo. // Características Concerto dos Pink Floyd. As principais características do rock progressivo incluem: Elementos essenciais Composições longas, por vezes atingindo os 20 minutos, com melodias complexas e harmonias que requerem uma audição repetida por forma a compreendê-las. Estas são muitas vezes chamadas de épicos e são a melhor aproximação do género à música clássica. Um bom exemplo dos primeiros foi a peça de 23 minutos "Echoes" dos Pink Floyd. Outros exemplos famosos são: "Close to the Edge" dos Yes com 18 minutos, "A Change Of Seasons", com 23 minutos e "Six Degrees of Inner Turbulence", com 42 minutos(dividida em 8 sessões, tambem chamados "Atos"), ambas do Dream Theater e "Supper?s Ready" dos Genesis com 23 minutos, além do álbum de uma só música, do Jethro Tull, Thick as a brick, "Eruption" Focus com 23 minutos. No Brasil temos "1974" do O Terço com 13 minutos e "Luares" do Palma com 15 minutos. Mais recentemente encontram-se exemplos extremos: "Light of Day, Day of Darkness" dos Green Carnation com 60 minutos e "Garden of Dreams" dos The Flower Kings com 64 minutos, embora dividido em 18 secções. Letras complexas e que expressam por narrativas impenetráveis tocando temas como a ficção científica, a fantasia, a religião, a guerra, o amor, a loucura e a história. Para além disso e reportando aos anos 1970 muitas bandas progressivas (principalmente alemãs) usavam letras com cariz político (de esquerda) e preocupações sociais. Apesar de estas características poderem ser bastante comuns em muitas bandas deste estilo, o factor "letras" não pode ser utilizado para definir o rock progressivo. Muitas das grandes músicas no rock progressivo são instrumentais. Álbuns conceptuais, nos quais o tema ou história é explorado ao longo de todo o álbum, tornando-se um concpetual do estilo ópera rock se seguir uma história. Nos dias do vinil normalmente eram usados álbuns duplos com capas com gráficos bastante sugestivos e muito completas. Exemplos famosos disso incluem: The Lamb Lies Down on Broadway dos Genesis, Tales From Topographic Oceans dos Yes, Dark side of the Moon e The wall dos Pink Floyd, e mais recentemente Metropolis, Pt. 2: Scenes From A Memory dos Dream Theater ou Snow dos Spock''s Beard. Vocalizações pouco usuais e uso harmonias vocais múltiplas: Magma, Robert Wyatt e Gentle Giant. Uso proeminente de instrumentos electrónicos, particularmente de teclados como órgão Hammond, piano, mellotron, sintetizadores Moog (moog modular e minimoog) e sintetizadores ARP, em adição à combinação usual do rock de guitarra, baixo e bateria. Além disso, instrumentos pouco ligados à estética rock, como a flauta (o mais utilizado destes), o violoncelo, bandolim, trompete e corne inglês. A busca de novos timbres e novos padrões sonoros, conseguidos naturalmente através desses instrumentos ou tratados em estúdios, também sempre foi uma obsessão de seus músicos e admiradores, ávidos por atingirem (e arrombarem) as portas da percepção sonora. O uso de síncope, pouco usuais ritmações, escalas musicais ou sintonias sonoras. Algumas peças usam múltiplas time signatures e tempos muitas vezes sobrepostos. O início de Close To The Edge dos YES é um exemplo claro de poliritmia. Os King Crimson combinaram muitas vezes muitos deste elementos na mesma música. Muitas das músicas do Rush são em parte ou completamente na métrica de 7/8. ?Dance of eternity? do Dream Theater, é extremamente difícil de tocar, tendo mudanças de escala numa sequência de 5/8-5/8-7/8-5/8-7/8-5/8-5/8-7/8. Enormes solos de praticamente todos os instrumentos, expressamente para demonstrar o virtuosismo dos músicos, sendo esta o tipo de actuação que contribuiu para a fama de intérpretes como os teclistas Rick Wakeman e Keith Emerson, o baterista Neil Peart e o baterista Carl Palmer. Inclusão de peças clássicas nos álbuns. Os Yes, por exemplo, começavam os seus concertos com um excerto gravado de ?Firebird suite? de Igor Stravinsky e o Emerson Lake & Palmer tocava arranjos de peças de Aaron Copland, Bela Bartok, Modest Mussorgsky, Sergei Prokofiev, Leo? Janá?ek e Alberto Ginastera, e muitas vezes misturavam partes extensas de peças de Johann Sebastian Bach. Os Marillion começaram concertos com ?La Gazza Ladra? de Gioacchino Rossini e deram esse nome ao seu terceiro álbum ao vivo. Os Symphony X inspiraram-se em e incluíram peças de Ludwig van Beethoven, Gustav Holst e Wolfgang Amadeus Mozart. O Emerson Lake & Palmer chegou ao ponto de tocar apenas clássicos. Pictures at an exibition é o melhor exemplo disso, sendo uma peça de Mussorgsky à qual foi dada um arranjo rock, e acrescentada letras e músicas compostas pelos intérpretes. Outros exemplo são ?The Barbarian? (um arranjo para piano da peça ?Allegro Bárbaro? de Bela Bartok e ?Knife edge? (um arranjo com letra da ?Sinfonietta? de Leos Janacek em conjunto com ?French suite em Ré menor de Bach. Os Renaissance, os OMEGA e diversas outras bandas costumavam inserir trechos de peças barrocas como a "Toccata e Fuga em Ré menor BWV 565" de Bach. Degustação do som. Tinha uma coisa no progressivo que podemos chamar de "degustação do som", não apenas da melodia. Muitas frases musicais eram dependentes de como o som se propagava, se desenvolvia. Havia muito espaço para a apreciação dos sons inovadores desenvolvidos nos sintetizadores. Fazia-se música para a apreciação do comportamento do filtro de ressonância e de outros aspectos interessante presentes nos sintetizadores. O som era mais "artesanal". Esculpidos com grande maestria pelos pioneiros do género.
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