Globalização.
(Rui Arts)
Qualidade de vida O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas ultimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o numero de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1.5 bilhão de pessoas para 1.1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização<8>. Na China, após a conversão para economia capitalista e abertura do mercado, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50.1%, contra um aumento de 2.2% na África sub-saariana, composta de em grande parte de nações fechadas a globalização. Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002<9>. Tembém houve uma melhora na distribuição da renda, com tendencia a convergencia a longo prazo conforme a economia global continua crescendo, a maioria das nações que hoje sofrem com problemas de distribuição de renda atualmente, teve seus problemas originarios antes da época da globalização ou durante periodos de ditadura ou economia planificada. Atualmente a distribuição de renda ou está estavel ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade economica pelo Índice de Liberdade Econômica<10>. Teorias da Globalização. A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista não direcionado por uma unica entidade ou pessoa, possui varias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual. Antonio Negri O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que a nova realidade sócio-política do mundo é definida por uma forma de organização diferente da hierarquia vertical ou das estruturas de poder "arborizadas" (ou seja, partindo de um tronco único para diversas ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta nova dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes assimétricas, e as relações de poder se dão mais por via cultural e econômica do que uso coercitivo de força. Negri entende que entidades organizadas como redes (tais como corporações, ONGs e até grupos terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da modernidade (como o Estado, partidos e empresas tradicionais). Benjamin Barber Em seu artigo ?Jihad vs. McWorld?, Benjamin Barber expõe sua visão dualista para a organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois caminhos que ele enxerga ? não apenas como possíveis, mas também prováveis ? são o do McMundo e o da Jihad. Mesmo que se utilizando de um termo específico da religião islâmica (cujo significado, segundo ele, é genericamente ?luta?, geralmente a ?luta da alma contra o mal?, e por extensão ?guerra santa?), Barber não vê como exclusivamente muçulmana a tendência antiglobalização e pró-tribalista, ou pró-comunitária. Ele classifica nesta corrente inúmeros movimentos de luta contra a ação globalizante, inclusive ocidentais, como os zapatistas e outras guerrilhas latino-americanas. Está claro que a democracia, como regime de governo particular do modo de produção da sociedade industrial, não se aplica mais à realidade contemporânea. Nem se aplicará tampouco a quaisquer dos futuros econômicos pretendidos pelas duas tendências apontadas por Barber: ou o pré-industrialismo tribalista ou o pós-industrialismo globalizado. Os modos de produção de ambos exigem outros tipos de organização política cujas demandas o sistema democrático não é capaz de atender. Samuel Huntington O cientista político Samuel Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norte-americano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida ede produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações".
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