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Psicologia
(Rui Arts)

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O que nos é dado hoje pela psicologia dá vazão a conjeturas que se assentam sobre a atmosfera das descobertas como o corpo cansado sobre a cama, corpo esse de um homem exausto que há horas procura se deitar e submergir a um mundo onde as contradições a serem superadas nada mais são do que a dialética entre o espelho como algo em si, e a imagem que reflete as dimensões de um objeto inexistente, pois só existe mesmo, como imagem. Maneira de falar paradoxal como qualquer outro discurso que tenta conciliar, ou transpor, o ?objeto? imaginário a uma realidade objetiva, o que nos parece mais com um estado sonambúlico do que com o campo luminoso da consciência, ainda que correndo diretamente para o, último, contrariamente mais ?estranho e conhecido?.

O desacordo entre as diversas escolas da psicologia, aqui, mais precisamente Psicanálise e Psicologia Analítica, é só um mal entendido no qual existem muitas pessoas, aquelas para o qual epistéme não é gnôsis, que bem entendem uma e outra e que percebem que não há falácia, que não há mentira, que existe sim a realidade descoberta e dita sob prismas diferentes. Se colocarmos o prisma da Psicanálise no olho esquerdo e o prisma da Analítica no olho direito, o que veríamos? Algo incompreensível, uma distorção errônea que culminaria na isenção de qualquer objeto científico, que por ser científico deve ser bem delineado? Acredito que não, digo que ocorre o que a Psicologia Experimental Gestalt chama de ? fechamento?, ou seja, o sentido da visão, por si só, procura esboçar o objeto em meio à confusão dos estímulos, assim, conta ?se com a ajuda de nada mais nada menos do que o próprio objeto de especulação, a natureza.

Pois se ?um dia tudo corre para seu contrário? como diz Heráclito, a intuição se ?fecha? na isenção das distancias entre as contradições, onde o religioso diria ?É a harmonia? o cientista arrazoaria novamente que a desarmonia logo se apresentaria, percebendo assim que o ponto de vista teleológico não é a verdade, mas sim uma premissa necessária de qualquer dinâmica, um caminho que não tem por afazer esgotar o conhecimento, antes, pura e simplesmente trazer ao lume uma mínima faísca da realidade, pois, se Lacan diz ? A verdade se furta à linguagem?, não diria isso se não tivesse o finalístico, ou a intuição, em mente, mostrando algo totalmente diverso, oposto, ao preconceito; nos mostra a limitação. Limitação implícita na frase de Maslow no que tange à psicologia: ?É obra de muitos?, e ignorância, por exemplo, de alguns autores lacanianos: ?A psicanálise só aumenta o conhecimento sobre si ? mesma? respondendo com uma lógica ridícula ? sobre a psicologia não?.

É bem sabido, do leitor assíduo da chamada ?Psicologia Profunda?, as inúmeras discrepâncias existentes entre as duas escolas da Psicologia em questão e entre seus respectivos criadores, de forma que muitas vezes essas divergências pessoais refletem a cisão entre os distintos adeptos que, na maioria das vezes, acreditam que o conhecimento só evolui dentro de ?si? (escola) e para ?si?, tendo como premissa ?si?, e cujo mérito é todo devido a ?si?, o que, com efeito, caracteriza uma unilateralidade que exclui os avanços e as observações feitas pelo -- sinto ? me tentado a usar o termo procedente -- ?concorrente? como se ele constituísse um argumento falho que não merece o mínimo de consideração, o que implica em uma condição bem conhecida que não pode passar sem sintomas. É necessária essa personificação do problema, para demonstrar que existe uma confusão causada por uma lacuna que busca sua expressão indiretamente, propondo a intolerância ao que devia ser tolerado e compreendido.

É claro que esse esboço sucinto de argumentos, mas não de sentido, não é o suficiente para aclarar um problema que vai desde simples divergências de pensamento até a maior fenda de todas que se chama ?epistemologia?. É mister dizer que um junguiano e um psicanalista entendem a palavra ?epistemologia? de maneiras diferentes, de modo que ao satisfazer seu afã de cientificismo o psicanalista se vangloria do mencionado termo incorporando ? o ao seu rol das qualidades mais importantes; já o junguiano vê nessa palavra algo que o ameaça, cuja afronta bate à sua porta por ser imcompreendido, mas que ele conhece muito bem. O junguiano sofre com a epistemologia assim como Freud a sofreu nos primórdios da psicanálise, visto que a maior ironia é a crítica epistemológica de um psicanalista a um junguiano que faz suscitar no arrazoador uma intuição sarcástica que soa ? lhe ao pé do ouvido ? Interpretação dos, se prepare pra rir amigo cientista, sonhos!!! Pode??.

A epistemologia evolui, como evoluiu com a psicanálise, e deve ? se sim levar em conta as críticas de Jung contra o materialismo científico, mas que muitas vezes embrutecem os junguianos contra a comunidade científica, transformando a psicologia analítica numa religião e Jung numa deidade, de maneira que os psicólogos e psiquiatras analistas tornam ? se sectários da psicologia analítica esquecendo a serpente de oito olhos que vê mais porque vê em diversos pontos de vista, não obstante, os pastores parecem aumentar com a formação de analistas astrólogos, dentistas, advogados, filósofos, etc ; cujo motivo de tais formações sinceramente posso compreender mas não posso deixar de tacha ? la como uma atitude anticientífica dentro de uma das ciências mais profundas que o intelecto humano ocidental pôde conceber.




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