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Filmalegria
(JR Borim)

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Filme ?Lavoura Arcaica?
 
Baseado no avesso da parábola do filho pródigo, este filme tem altos e baixos constantes. Há de se ressaltar a interpretação dos atores, em especial ? Simone Spoladore, Selton Mello e Raul Cortez.
André (Selton Mello), é um ser atormentado por uma rotina maçante, entregue à dor numa pensão de quinta categoria, tendo delírios e sendo impulsivo, e é continuamente assombrado pela lembrança do Pai (Raul Cortez), o patriarca de uma família de libaneses dos anos quarenta, imigrantes recém-chegados ao Brasil.
O resgate do filho desgarrado, André, é tarefa de seu irmão Pedro (Leonardo Medeiros), incumbido de trazê-lo de volta ao lar.
Analisando esteticamente, o filme aborda uma temática teatral em sua projeção nos cinemas, propondo narrativas muitas vezes dispersas que seriam mais oportunas no palco.
É nesse ponto que a obra peca, não pela adaptação do belo livro de Raduan Nassar, nem pela direção de fotografia de Walter Carvalho; ressaltando o equilíbrio preciso entre luz e sombra.
O pecado aqui é de Luiz Fernando Carvalho (diretor), pessoa que não soube definir com exatidão o momento de entreter a platéia. O exagero em acompanhar a narrativa literária, a repetição constante de flashbacks com o intuito de desvendar o mistério da partida de André; tudo somado a uma falta de ritmo retoma a mediocridade no cinema.
A cena em que Ana (Simone Spoladore), dança com quinquilharias dadas a ela por André, relíquias de prostitutas com quem André se relacionou, momento alto do filme, não traz o aplauso ao espetáculo.
O esmero da direção de arte, cenografia, figurino, estes fatores invocam certo brilhantismo, mas, retomando instantes onde o foco cinematográfico tem a tomada do diretor, restam insensibilidade e desânimo.
Lavoura Arcaica caracteriza-se como bom teatro, na arte de entreter é nota zero. O tom incestuoso da trama entre as personagens André e Ana, é algo a ser memorável no cinema, entretanto, entende-se compreensivamente pouco a mínima atenção a este relacionamento.
O tempo de quase três horas cedido à obra de Raduan Nassar, faz do cinema um imenso dormitório, onde poucos se aventuram a assistir este filme sem terem cochilos repentinos. A notar pela película, o livro fica distante até de seus leitores, sendo um documentário teatral, avesso a qualquer adaptação da sétima arte.      



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