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Racismo Como Ameaça
(carlos fontes)

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Racismo Como Ameaça
É consensual a seguinte definição técnica de racismo: a representação de um povo como inferior por razões naturais, independentemente da sua acção e da sua vontade. Esta representação é feita, naturalmente, por todos aqueles que se assumem a si próprios como superiores.
A questão essencial não está contudo na definição, mas em encontrar uma explicação para a ocorrência de manifestações de racismo entre os povos. Uma das ideias mais divulgadas actualmente é a seguinte: O RACISMO É SEMPRE UMA REACÇÃO A UMA AMEAÇA. Explicando de outro modo, um povo pode julgar-se superior a outro, mas tal facto pode não desencadear, por si só, manifestações de racismo para com o mesmo.
As manifestações de racismo ocorrem, quando um povo ou um  grupo social expressivo, se sente ameaçado por outro, e considera que esta ameaça  pode colocar em causa o seu Poder (privilégios, território, etc) (1), Cultura (2), Identidade Cultural (3), Religião (4); etc.
Estas manifestações de racismo, dependem obviamente no contexto em que ocorrem:
a)Na Europa, estão hoje muito ligadas a reacções emocionais contra a ameaça dos imigrantes e tudo aquilo que eles possam representar. O aumento do seu número é visto como uma ameaça à Cultura, Identidade Cultural, Poder, etc dos europeus. Estes temem que um dia possam vir a ser dominados pelos descendentes de árabes, negros, asiáticos, etc,
b) Em África, está ainda ligada à ameaça que a permanência ou o regresso dos brancos possa representar um retorno às antigas formas de colonialismo, escravatura, trabalhos forçados, etc.Muitas países há dezenas de anos Independentes, continuam a acenar com o fantasma de um hipotético regresso ao antigo colonialismo dos brancos, etc.
Julgo que neste último caso, a ameaça é claramente mais virtual que real. A África, sobretudo a subsariana, nesta Era de Globalização, deixou de ser um local convidativo para um regresso em força das populações brancas, como aconteceu no passado. A baixa taxa de natalidade dos países desenvolvidos, não deixa muita mão-de-obra excendentária para a emigração (ex. Portugal). A real ameaça não está no regresso dos brancos, mas no sistema económico (capitalista) que os brancos simbolizam e que os países africanos tiveram que seguir. Acontece é que estes não estão preparados para enfrentarem uma economia agressiva de tipo capitalista. Falta-lhes praticamente tudo: 1.capital humano; 2.Estuturas públicas capazes de conduzirem uma política económica adequada; 3. estruturas empresariais competitivas.
Face a esta desproporção de meios recursos no mundo, na maioria dos países africanos, o branco (o que ele simboliza) é naturalmente sentido como uma ameaça. As populações africanas, mal preparadas, são empurradas para um sistema económico assente numa feroz concorrência à escala global, no qual muitas vezes só conseguem sobreviver, como pedintes dos países dominados por brancos.



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