Reflexos
(desconhecido)
Negra cidade sob pingos nervosos Luzes cintilam nas folhas rugosas. Olho a janela e nela meu reflexo muda de cor e de formas, Como nas buscas irrequietas dos pensamentos perdidos. Na consciência do corpo, procuro minh´alma. No não encontrar das formas e sombras, Me amedontro em perder-me nas ruelas do inconsciente. Meu corpo se acalma no sono profundo; Em lugares desconhecidos encontro-me, Nos sonhos mais reais do que minha própria realidade. É fuga?...Não. É o encontrar-se de si mesmo Em caminhos não percorridos, Em conversa Com sem rostos, É respostas sem palavras. Decifro, decodifico em outros reais Coisas que hão de acontecer. Assusta-me... Grito... Mas quem poderá ouvir surdos gritos? Entender-me com olhos cegos? Tem velas e luzes, Mas fora de foco nada enxergo. Cuidado; há perigos prementes e inevitáveis. Arrepio e medo assolam a alma, Transformo-me em lagarta Com aspirar de borboleta. Asseguro-me de um só fato: As figuras e fatos foram registrados, Cabe a mim traduzi-los, Cabe a mim dar-lhes voz para serem ouvidos.
Resumos Relacionados
- Sonhos Na Janela
- Sonhos Perdidos
- Epilogo Da Mulher
- Metamorfose: Mulher!
- Minha Vida
|
|