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Um Forte Zumbindo
(jose tadeu)

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Um forte zumbido
No Brasil, a psicanalista paulista R. L., 46 anos, é uma das muitas pessoas
que chegou ao limiar da morte com a consciência plenamente desperta. Sua
história inspirou as imagens que ilustram a abertura desta reportagem. A
experiência ocorreu há 18 anos, quando Um abcesso provocou em seu organismo uma
infecção generalizada. Sua condição física deteriorou-se rapidamente e a pressão
arterial encostou em zero. Na UTI, R. L. sentiu-se desfalecer. "Tive a impressão
de que minha ''imagem'' saía fora do corpo. Ela mantinha minha forma corpórea, mas
era semitransparente. Meu pensamento acompanhava essa ''imagem'', que flutuava
perto do teto. De lá, eu via meu corpo. Porém já não o sentia mais."
Ao se desapegar do corpo, R. L. percebeu-se entrando num túnel, em fantástica
velocidade. "Havia um forte zumbido. À medida que eu avançava, vinham-me imagens
de meu passado remoto, dos tempos de criança. Eram cenas comuns, brincadeiras
infantis. Ao mesmo tempo, uma voz interna, inaudível, me perguntava: ''O que você
aprendeu com isso? Valeu a pena?''. Eu experimentava uma incrível sensação de
leveza, de paz e de felicidade."
Em determinado momento, R. L. lembrou-se de que vinha atendendo, como
psicanalista, um garoto muito pobre. Era um caso grave, ao qual se dedicou de
corpo e alma, recebendo por isso pagamento puramente simbólico.
Então, ela afirmou: "Ajudei essa pessoa". Como se quisesse dizer: "Será que
isso conta ponto a meu favor?". E a voz perguntou-lhe: "Você aprendeu com
isso?". "Muito", ela respondeu. Ao que a voz concluiu: "Então valeu a pena, para
você". R. L. sentiu-se imensamente tranqüilizada. Ela compreendeu qual era o
verdadeiro sentido daquele diálogo. "Não era cobrança ou julgamento moral, mas
uma avaliação tranqüila."
Enquanto contemplava imagens há muito tempo esquecidas, R. L. deu-se conta de
que o túnel em si era escuro, com as paredes desfocadas pelo excesso de
velocidade. Mas, na saída, havia uma luz de intensidade indescritível. "Naquela
luz, vislumbrei um jardim. E, ao deixar o túnel e entrar nele, vi que era muito
espaçoso, com gramados verdes e árvores enormes. A sensação que ele transmitia
era tão pacífica, tão deliciosa, que eu jamais ia querer sair de lá. No jardim,
percebi um banco, com três pessoas sentadas. Não consegui ver seus rostos, mas,
à medida que fui me aproximando, elas começaram a se movimentar, como que para
me receber. A primeira chegou perto; a segunda, até o meio do caminho; a
terceira ainda permanecia sentada."
Mas o processo foi bruscamente interrompido. Porque, enquanto enxergava o
jardim e as três pessoas, R. L. continuava visualizando as imagens de sua vida.
E, de repente, viu uma foto onde apareciam seus dois filhos mais velhos, que, na
época, ainda eram bebês. "Nesse instante, eu gritei: ''Não posso morrer! Tenho
dois filhos pequenos e eles precisam de mim!'' ".



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