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O Guarda-roupa Alemão
(LAUSIMAR LAUS)

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O romance narra, em dois cenários diferente, Blumenau e Itajaí, a vida
dos imigrantes em Santa Catarina.A autora mescla, de maneira prazerosa,
o cômico, o trágico e o poético. Além disso o seu trabalho com a
linguagem é cuidadoso e detalhado. A imigração alemã é o ponto central
do livro. Em
?O guarda-roupa alemão?, a romancista catarinense Lausimar Laus (1989)
conta a história de uma família de imigrantes alemães, vivendo em uma
colônia de Santa Catarina. um dos filhos dos imigrantes, um rapaz
descrito como bonito e trabalhador, mas um tanto excêntrico,
apaixona-se e resolve casar-se com alguém completamente inusitado para
a família: uma índia, menina ainda, que ele encontra em um colégio de
freiras em uma cidade próxima. A pequena Sacramento tinha sido
capturada em uma expedição de bugreiros que, tendo matado ou afugentado
todo o grupo indígena da qual ela fazia parte, ainda criança de colo,
levou-a com mais algumas crianças, e talvez algumas mulheres, para o
núcleo colonial que estavam ?protegendo?. O romance conta, entre outras
histórias, das relações que Sacramento vai estabelecendo com a sogra
alemã, rígida em seus costumes, de suas maneiras humildes, mas também
de algumas atitudes altivas e resistentes. Conta das suas relações com
o marido alemão apaixonado e carinhoso, com os filhos e netos. Sendo
uma história inventada com base em fatos ?reais?, conforme nos conta
Ruth Laus (1984), ela nos fala sobre a memória de uma família
catarinense sobre seus antepassados, e entre estes encontra-se a
carinhosa, corajosa e silenciosa avó Sacramento.Na construção
de uma imagem nacional brasileira, é recorrente a referência a
ancestrais indígenas, geralmente mulheres, e situadas num momento
bastante distante da história. Entretanto, quando se passa a explorar a
memória individual ou familiar, as referências a esta ascendência
indígena tendem a ser ?esquecidas?, como se tem visto em vários
trabalhos sobre a memória. No caso das regiões de colonização européia
do Sul do Brasil, e mais especificamente ainda, no Estado de Santa
Catarina, esta memória chega mesmo a ser ?esquecida? pela
historiografia e pelas construções identitárias de caráter étnico
correntes na atualidade do Estado. Em nossa pesquisa, porém, detectamos
uma espécie de ?memória subterrânea?, dessas guardadas em gavetas
secretas, por baixo das outras coisas; ou talvez em um velho
guarda-roupa alemão, como no romance de Lausimar Laus; em histórias que
se conta apenas no âmbito familiar, com poucos detalhes: muitas
famílias guardam (algumas secretamente) a memória de bisavós índias
?pegas a laço? ou ?pegas a cachorro?. É sobre isto que trata este
trabalho, sobre o contraponto entre uma memória que valoriza a
ascendência européia e esta memória ?subterrânea?, cheia de
esquecimentos e que reluta em subir a tona, de mulheres indígenas como
ascendentes das famílias, hoje ?brancas?, catarinenses.



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