BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Livro Sobre O Nada
(Manuel de Bandeira)

Publicidade
Livro sobre o Nada - Manuel de B
Inútil, nada, coisa, bichos. Essas são algumas das palavras-chave de uma obra procurndo reconstruir o mundo. Alguns poetas passam, nos eus escritos dão uma  certa  visão de mundo; outros vão mais além: procuram reconstruir o mundo. Manoel de Barros é um deles. Por isso mesmo, como afirma o editor Ênio Silveira, "guiados por ele, vamos rasgando horizontes de uma insuspeita nova ordem natural, onde as verdades essenciais,  vão se revelando em imagens surrealistas descritas com certa concisão. No texto que abre o Livro sobre nada, o poeta afirma que "o nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um aviso para o silêncio, um desperatar do amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas não úteis. Tudo que use abandono por dentro e por fora." Carlos Drummond de Andrade, em uma fase de sua produção "coisificou" o mundo industrial em plena Guerra Fria; Manoel de Barros faz exercícios poéticos no sentido de "descoisificar" o mundo, procurando uma nova maneira de organizá-lo, respeitando  leituras daqueles que só têm "entidade coisal". Transcreveremos, a seguir , os três primeiros poemas do Livro sobre nada. Observe a força expressiva dos prefixos que indicam acção contrária ( tentativa de mudar a ordem das coisas?) e a grande antítese formada por aqueles que só têm "entidade coisal "X o "senhor doutor". I "...As coisas tinham para nós uma não poética. Nos fundos dos quintais era riquíssimo o nosso dessabor. A gente inventou um truque para fazer brinquedos com palavras..." E o pai morava no fim de um lugar. Aqui é lacuna de gente _ ele falou: Só quase que tem bichos, andorinhas e árvores. Quem aperta o botão do amanhecer é o arãquã. Um dia apareceu por lá um doutro formado: cheio de suspensórios e ademanes. Na beira dos brejos gaviões-caranguejeiros comiam caranguejos. E era mesma distância entre as rãs e a relva. A gente brincava com terra. O doutor apareceu. Disse: Precisam de tomar anquilostomina. Não muito distante de nós sempre havia uma espera de rolinhas e o doutor as  espantou. Observe que o poeta assume a postura de uma criança, o olhar intangível do infante percebe o mundo muito grandiosamente_ quando surge o doutor formado que por ter sido educado e se tornado adulto perdeu a percepção do mundo real ( sensacional ). Tanto isto é claro quando as andorinhas são espantadas por ele. Extremamente humanista e por que não dizer, ecológica é a visão do autor sobre o mundo que o rodeia.



Resumos Relacionados


- Macário

- Livro Sobre O Nada

- Nanocontagem

- O Perfume: História De Um Assassino

- Este É O Meu



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia