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Atropelos Com Um Delegado!
(BARACHO)

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ATROPELOS COM UM DELEGADO
 
Foi lotado na cidade de Corinto, onde ficou pouco tempo por causa DO Movimento Militar de 1964.
Naquela cidade, tinha um delegado especial de policia que era major aposentado, era voz geral no destacamento de que o oficial sempre vendia um rádio de pilhas para os novatos que lá chegavam com a condição de só receber a metade e, um mês depois, quando iam pagar a ele a outra metade ele tomava o rádio de volta e devolvia o adiantamento sem juros.
Não deu outra, vendeu o rádio para Baracho que o escondeu.
Um mês depois, o delegado especial quis receber o rádio de volta e Baracho disse tê-lo vendido e que estava disposto a pagar a outra metade. Ele não aceitou e ameaçou tomar providência administrativas contra Baracho que se manteve irredutível.
Dias depois, o delegado mandou Baracho prender um carvoeiro na divisa de Contria e também trazer o seu revólver e a bicicleta, ao perguntar com qual soldado faria a diligência, o delegado lhe disse: você vai sozinho, está com medo? ... Aceitou o encargo e partiu num táxi predeterminado pela autoridade policial.
No caminho, o taxista contou a Baracho que a pessoa a ser conduzida era muito perigosa e estava em briga com o patrão por causa da carvoaria, alegando que tinha um revólver escondido no táxi e que ajudaria Baracho a fazer a prisão, no que foi aceito.
Alguns metros antes da palhoça do carvoeiro foram juntos, um pela frente e o taxista pelos fundos, conseguindo pegar o carvoeiro de surpresa, desarmando-o e pegando a sua bicicleta.
Voltou no mesmo táxi, contudo, Baracho fez questão de passar num advogado, relatar-lhe o fato e deixá-lo conversar com o carvoeiro por uns momentos. Ao final, o advogado disse que iria à frente e os esperaria na delegacia para que o delegado não desconfiasse do "deslize" feito pelo nosso amigo.
Ao ser apresentado o preso ao delegado, ficou patente em sua fisionomia de que não esperava a apresentação, esperava, talvez, o assassinato de seu comandado, simplesmente, por causa de uma mera prestação do rádio vendido, prestação essa que fora paga integralmente.
Baracho não ficou sabendo o que ocorreu a seguir, entretanto, a última palavra que ouviu antes da porta ser fechada eram do advogado perguntando: O senhor vai autuar também a bicicleta?
Poucos dias depois, todo o destacamento foi recolhido a Diamantina para ir ocupar Brasília na revolução de 1964, tendo acontecido o fato cômico do delegado correndo atrás de Baracho pela plataforma da estação férrea por tê-lo visto com o referido rádio na mão.
Baracho corria, entregava o rádio pela janela a qualquer um passageiro, ganhava o outro lado do vagão, saía na plataforma com o delegado entrando e, tornava a receber o rádio, isto ocorrendo por umas três vezes, até o trem partir levando Baracho e os demais passageiros e o delegado ficando na plataforma completamente extenuado pelas correrias sem ter logrado nenhum êxito.
O rádio, devidamente pago, mas comprovadamente barato, ficou com Baracho até terminar a sua função normal.
 (aa.) S.A.BARACHO
 [email protected]
 Fone: (31) 3846-6567



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