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Concerto Campestre
(Assis Brasil)

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A história se passa na Vila de São Vicente, e tem como trama principal o amor proibido de Clara Vitória pelo Maestro. A trama se passa na fazendo do Major António Eleutério, potentado em terras e charqueador. Este homem viveu  uma vida rude, e agora dedicava a música e a sua orquestra particular, A Lira de Santa Cecília. Homem muito conservador e de princípios rígidos. Não admite uma maneira de pensar e de amar diferente do dele. Tem uma filha,  Clara Vitória. Ela abala a sociedade,e abertamente proclama seu amor pelo Maestro, quando descobre que espera um filho dele. É caracterizada pela quebra do seu antigo modo de pensar. Depois de conhecer o maestro, muda todos os seus antigos conceitos provenientes de sua família conservadora. O Major, criou em suas terras uma orquestra particular: a Lira de Santa Cecília. E convidou um Maestro para reger a orquestra. Este, tinha ideias diferentes das do major, mas possui muita diplomacia e sabe lidar como o difícil génio de António Eleutério. Pouco a pouco apaixona-se pela filha do major, a Clara Vitória, e consegue conquistando-la. Então vive aquele dilema de se integrar ao amor proibido ou manter a fidelidade ao intransigível major. Por fim termina por se integrar este amor, e deste amor proibido resulta em um filho. O major é casado com Dona Brígida. Esta, é bastante conservadora. No entanto, não suportava as ideias musicais do major. Achava um desperdício de tempo a Lira de Santa Cecília. Interessante a posição da Igreja neste romance. É simbolizada pelo Vigário. Um homem que condena o casamento livre, "arranja" casamentos junto com os pais dos noivos. Tem princípios muitos antiquados, mas não age com o mesmo radicalismo do Major. Condena o major por ele ter "aprisionado a filha". É exactamente isso que acontece quando o major descobre que sua filha está grávida. Ele pensa que quem engravidou Clara Vitória foi seu noivo, o Silvestre Pimentel. Vai até a casa de Silvestre Pimentel e procura assassiná-lo. Só que não consegue, pois, errou os tiros. Então ao voltar à casa ele determina que Clara Vitória deveria ser afastada da fazenda e a leva para uma tapera em um lugar distante da civilização. E lá ela fica à espera do parto. O Maestro e a orquestra da Lira de Santa Cecília se desfaz após isso e o Maestro vai para Porto Alegre e se integra a orquestra da Catedral. Outro músico da orquestra se chama Rossine. Ele entra na trama de uma maneira subtíl,  e aos poucos  fica a ser o conselheiro do Maestro. Representa um pai para o Maestro, quem dá os melhores conselhos e depois espera os resultados. O Maestro sente saudades da  sua amada e resolve voltar para a Vila de São Vicente e libertar Clara Vitória de sua "prisão". Reúne os músicos da antiga Lira de Santa Cecília e aparece na fazenda do major António Eleutério. Este, recebe  bem a orquestra e resolve organizar um concerto. Convida todos os vizinhos e todas as figuras importantes de São Vicente, mas ninguém aparece. Ninguém em São Vicente concordou com o que o Major fez com sua filha. Sozinho, deprimido e depois de receber desaforos do padre, por sua atitude, se suicida com um tiro na cabeça. O Major aproveita o momento de confusão e vai em busca de sua amada. Ele a  encontra  com seu filho e acabam por ficarem juntos.



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