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Eva Luna
(ISABEL ALLENDE)

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O desejo de entender o mundo, a sociedade, a construção da trajetória histórica torna a realidade desdobrada em caminhos tais como: o trabalho, a magia e a religião, aqui entendida como uma necessidade imanente do ser humano diante do desconhecido ou diante da falta de perspectivas ante sua finitude.  Isabel Allende, em "Eva Luna", busca explicações no transcendental, nos deuses.
A voz narrativa em primeira pessoa, somada a certas similitudes entre a protagonista e a autora confere a esta novela uma forte característica autobiográfica. Ambas lutam pelo direito da mulher, ambas propõem um mundo onde a igualdade é possível, para elas a vida triunda sobre a morte.
Ao construir a personagem com o nove Eva Luna, apresenta uma forte combinação simbólica da cultura ocidental. Eva, é o arquétipo da mãe na cultura judaico-cristã. Luna, representa o poder matriarcal e a ocorrência destes dois nomes acarreta uma imensurável força semântica que se desdobra em muitas intrepretações.
A autora trabalha com precisão estes símbolos, valorizando a personagem como um conjunto de significados metafóricos, um complexo de identificações que podem configurar-se em mãe, em amiga, em amante, em irmã, em companheira. Sua natureza, como mulher, é singular e imutável. De acordo com a circunstância se transforma em uma guerreira para lutar pelos direitos que julga inalienáveis à mulher.
Eva Luna é um símbolo da mulher latino-americana que luta, ao lado de outras mulheres nas mais diferentes geografias para alcançar objetivos comuns.
Nesta novela, a mulher compartilha com o home a cidadania, participando dos procesos sociais de construção histórica como sujeito da história.
Arrisco dizer que Eva Luna responde por questões de ordem antropológica, uma vez que ao tecer sua narrativa, é constante  a busca de uma identidade que albergue a população latino-americana como representante da mescla de várias culturas e geneticamente de vários povos.
Em Eva Luna, as palavras são ditas às estrelas, mas esperam para buscar eco na complexidade da própria existência. Apesar de toda a densidade dramática de sua história, das desventuras, resta ao povo a esperança, o alento  para a recuperação de suas vidas que foram estilhaçadas, para compor uma nova fase, uma fase de redenção.
Eva Luna represnta o marco da saga de sua própria aventura porque na representação que faz de si e de sua origem, cria em torno de seu nascimento uma atmosfera de mistério, misturando elementos que denotam um ambiente extremamente culto somado ao apelo selvagem da natureza.
É a partir de sua trajetória em uma sociedade excludente e injusta que constrói a representação do povo latino-americano que impõe vagarosamente seu rosto à humanidade. Larry Clauberg



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