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O Dia Do Descanso De Deus
(Adroaldo Bauer)

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A novela O dia do descanso de Deus, primeiro livro de Adroaldo Bauer, está impressa e será lançada no fim do mês, dia 31, em sessão de autógrafos, na Palavraria Livraria ? Café, em Porto Alegre. O autor já tem um debate marcado com leitores para 26 de junho, no Plenarinho da Assembléia Legislativa gaúcha. Entrevistei o autor
e apresento com exclusividade um resumo do que publiquei em Overmundo.com.br hoje. Como dizem as personagens de Adroaldo Bauer: Mãos à abóbora! Vá de retro capataz!
Juliaura Ubá ? Quem te conhece um pouco sabe que és um sujeito que faz política, fez política nos últimos 30, 40 anos (eu nem pensava em nascer), tem política no enredo da novela?
Adroaldo Bauer ? Tem, como tem política na vida de qualquer pessoa, em qualquer tempo, seja ela engajada ou não. se não faz, fazem para ela, nem sempre por ela. As personagens existem num tempo entre 1950 e 1970, por aí. É ficção, mas tem a ver com coisas reais, de pessoas comuns, que se amam, se odeiam, até se matam.
Juliaura - Tem personagem principal, herói, heroína?
Adroaldo - A personagem principal é a Língua Portuguesa. eu tenho certeza que não está tudo nos conformes e pela ordem exata, mas tentei ser o mais fiel ao que se dizia e se falava em Português aqui no Rio Grande do Sul, num ambiente em transição do rural para o urbano, nas cidades que já iam se modificando para assumir o perfil que têm hoje. Antes, portanto, da ocupação cultural que estamos vivendo. Então, a política aí é também de resistência, acredito.
Juliaura - Por que uma novela? O enredo estava bolado antes? A idéia, a vértebra da história tinha alguma anotação anterior? Tu vinhas acalentando essa necessidade de escrever a novela há muito tempo?
Adroaldo - Eu não tinha planos de escrever uma novela. Acho mesmo que é uma novela o estilo que acabou resultando.  Eu escrevo desde criança, publiquei já em 1978/79 no Quadrão que era um suplemento do jornal Folha da Manhã. Mas eram sempre peças curtas, em verso ou prosa. Contos ligeiros, versos rápidos. Mais recentemente comecei a fazer resumos de livros e apresentação deles em blogs meus ou de outros e no Jornal Fala Brasil, mas isso é muito recente, de uns dois anos para cá.
Juliaura ? És poeta também?
Adroaldo ? Isto é bondade dos amigos. Faço algumas rimas, brincadeira com a sonoridade das palavras. Não sei fazer com métrica, por exemplo. Mas tava dizendo que não tinha roteiro, nem plano de escrever algo parecido com O dia do descanso de Deus.
Juliaura - Então como foi isso?
Adroaldo ? Não sei bem direito. Foi sendo, e sendo foi feito. Mostrei os três capítulos para minha companheira, a Cristina. Ela gostou e disse para eu continuar a história. Daí eu sentei para tentar e saíram os 12 capítulos naquele fim de semana que já falei. Então eu não dormia mais sozinho com a Cris. Era aquela multidão se enroscando em mim a noite inteira, pedindo fala na mesa do almoço, da janta, até para as visitas. Cheguei a 25 capítulos.
Juliaura ? Dormindo? Sonhando?
Adroaldo ? Não sei bem como é o nome disso. Não é sonho. Daí dei um intervalo de alguns dias. Eram as festas de fim de ano. Em janeiro eu me atraquei no computador para dar um fim na história. Teve um momento em que havia três hipóteses para o rumo dela.
Juliaura ? Três histórias em uma só?
Adroaldo ? Até pode ser, mas prefiro acreditar que eram três finais possíveis. Escolhi um e suei na máquina uns dez dias seguidos. Terminei a história em 13 de janeiro. Havia rabiscado as primeiras linhas emoutubro. Ainda tem umas idéias sobre os outros dois rumos no Epílogo. Talvez até uma continuação...
Juliaura ? Ah! Aquilo que chamam de trilogia...
Adroaldo ?Isso é muita responsabilidade. Mas que tem personagem querendo continuar, isso tem. Juliaura ? Por que estás editando por conta? É uma edição de autor, não é fato? Adroaldo ?Imagina o que é ter uma criança e deixá-la na incubadora, esperando sabe-se lá o quê? É bem isso que acontece com autor de primeira viagem, pai ou mãe. A gente quer pegar a criança, quer beijar, quer vê-la e que a vejam. Pra gente ela é a mais bonita. Ou tanto quanto as outras. E ninguém se apresentou para o batismo ou sequer para olhar a recém-nascida.
Juliaura ? Mandastes originais para as editoras? Oferecestes na Internet, tem ali umas firmas de e-book?
Adroaldo ? A novela é do milênio passado e eu também sou mais de lá, ainda, que de cá. E, se tem situação de que não gosto é a de pedir penico. Mercado editorial eu compreendo, não quero discutir, mas não engulo coisas do tipo: estamos sem agenda para o momento. Ora, isso é resposta? O momento é a única situação real da existência. Quando termina esse momento? Então eu emputeci,  decidi fazer por conta. Vendi antecipado 200 exemplares. É edição do autor. Escritor pelado e metido a besta, se quiseres.
 



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