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Fernando Pessoa, O Poeta Imortal
(Correio da Manhã, 11 de Janeiro de 1998)

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Fernando Pessoa, assim como Luís Vaz de Camões estão na História da Literatura Portuguesa como os maiores poetas portugueses de sempre e os mais representativos de toda a literatura portuguesa. Fernando Pessoa nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888. Ainda criança, partiu com sua mãe para Durban na África do Sul. Em 1899 matriculou-se na High School de Durban, onde concluiu a sua formação escolar inicial em inglês e com distinção.Em 1903 recebeu o prémio «Queen Victoria Memorial Prize» para o melhor ensaio escrito em inglês e em 1904 obteve o certificado da «Intermediate Examination Arts» pela Universidade do Cabo.
Regressa definitivamente a Lisboa em 1905 e matricula-se no Curso Superior de Letras. Abandona os estudos e em 1907 abre uma tipografia com o nome Empresa Ibis, a qual mais tarde vai à falência. Dedica-se à escrita. Escreve poesias em inglês e aprofunda os seus conhecimentos de Literatura Portuguesa.
Desempenhou a função de correspondente comercial e dedicou-se à tradução de alguns textos em língua inglesa.
Em 1912, Fernando  Pessoa colaborou com a revista «A Águia», principal órgão do movimento de renovação da poesia portuguesa, onde publicou os seus primeiros ensaios. Num dos seus artigos sobre «A Nova Poesia Portuguesa», publicado na revista «A Águia», Pessoa anunciou a vinda de um grande poeta, de um segundo Camões.

Fernando Pessoa colaborou também com a revista «Orpheu» e com uma diversidade de outras revistas como «Renascença», «Exílio», «Centauro», «Portugal Futurista», «Contemporânea», «Athena» e «Presença» Que circulavam em Portugal nas primeiras décadas do século XX. Fernando Pessoa foi o poeta dos heterónimos. Em alguns dos seus poemas, Pessoa assumia diferentes personalidades. Depois, assinava os seus poemas sob diferentes nomes como Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos que são os heterónimos de Pessoa mais conhecidos. O seu primeiro heterónimo criou-o quando ainda era criança e foi «Chevalier de Pas». Existem ainda outros heterónimos como Bernardo Soares e C.Pacheco.
Sob o heterónimo de Alberto Caeiro, Fernando Pessoa escreveu «O Guardador de Rebanhos». Em 1928, sob o heterónimo de Álvaro de Campos, Pessoa publicou o poema «Tabacaria». Sob o mesmo heterónimo, Pessoa escreveu os poemas «Magnificat» e «Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir». Em 1930 escreve o Livro do Desassossego, sob o heterónimo de Bernardo Soares.
Em 1918, Fernando Pessoa publicou Antonius e 35 Sonnets. Em 1921 publicou de English Poems I e II e English Poems III. Em 1932 publica na revista Presença os poemas «Iniciação» e «Na Sombra do Monte Abiegno».
Em 1926, Pessoa deu uma entrevista ao Jornal do Comércio e das Colónias onde afirmava que Portugal reunia condições para ser uma grande potência cultural.
Em 1934 publica o Livro «Mensagem», o mais célebre dos seus poemas. Com «Mensagem» obtém o segundo lugar no concurso literário organizado pelo Secretariado de Propaganda Nacional.

Em 1935, Fernando Pessoa publica no Diário de Lisboa um artigo sobre «As Associações Secretas», onde defende a Maçonaria. A obra poética de Fernando Pessoa é rica e vasta. Deixou-nos centenas de textos que nunca chegaram a ser publicados.
No campo da prosa, principalmente na literatura de ficção, Fernando Pessoa iniciou a redacção de alguns romances e contos que não conseguiu terminar. O único conto completo que conhecemos da autoria de Fernando Pessoa é o «A Very Original Dinner», que data de 1907 e que Pessoa assinou sob o heterónimo de Alexander Search. A influência de Edgar Allan Poe neste conto é bem marcante.

Pessoa manifestou um crescente interesse pelos temas transcendentais. E na verdade, é que na sua obra encontrámos referências a uma diversidade de temas, como a parapsicologia e a ficção cientifica. Todos sabemos da sua inclinação para o esoterismo e para a astrologia, a sua atracção pelo ocultismo e pela mística e o seu interesse pela Maçonaria e pelo Rosacrucianismo. Na sua obra encontrámos estas influências. «Mensagem» de Fernando Pessoa é um poema dedicado a Portugal, uma obra de cariz nacionalista e que possui uma profunda influência mística. Existe um pensamento messiânico em «Mensagem», que se exprime sobretudo, na crença de que Portugal haveria de renascer de novo, rumo a um futuro glorioso. «Mensagem» de Fernando Pessoa é o mais célebre dos seus poemas. Publicado em 1934, obteve o segundo lugar num concurso literário. Para criar um poema como «Mensagem», Fernando Pessoa inspirou-se na teoria do Quinto Império defendida pelo Padre António Vieira e nas profecias de Bandarra sobre o mito do sebastianismo, que anunciava o regresso do rei D.Sebastão de Portugal. Aliás, foi lendo Bandarra e a obra do Padre António Vieira que o sentimento patriótico de Fernando Pessoa por Portugal despertou.

Sugestões de Leitura:
Vida e Obra de Fernando Pessoa/História de uma Geração(João Gaspar Simões, 4ª edição, Lisboa, Livraria Bertrand, 1981).
Obra Poética de Fernando Pessoa - Mensagem e outros poemas afins(António Quadros, 435 Livros de Bolso Europa-América).




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