Fortaleza Digital
(Dan Brown)
?Quem guardará os guardas?, Sátiras, Juvenal Do Latin original: ?Quis custodiet ipsos custodes? Que conceito fantástico. É nele que assenta toda a história do livro. O autor já nos habituou a enredos tecidos à volta de organizações importantes, das quais, a maioria de nós pouco sabe. Cada página é, ao mesmo tempo, uma descoberta, e a confirmação de raciocínios anteriores do leitor, que se descobre mais atento do que julgara, e consciente de uma dinâmica à escala universal. Neste caso, e num tempo em que a nossa actividade assenta cada vez mais no uso da informática, alguém vem perguntar-nos: Ø Será que temos realmente privacidade? Ø Será seguro confiar tudo o que sabemos, às máquinas (à memória virtual dos computadores)? Toda a história gira à volta de pessoas que trabalham em criptografia, desvendando códigos sem fim, numa luta sem tréguas contra tudo o que ameace o equilíbrio deste nosso mundo civilizado. Numa palavra, protegendo-nos. Mas ?Quem guardará os guardas?? A ambição desmedida, a embriaguês do poder e um excesso de confiança, vão levar um Sub-Director a por tudo e todos em risco. Cai numa armadilha montada por um funcionário que tinha despedido. E cai, porque não se questiona quanto à veracidade dos dados apresentados. Acredita piamente na inteligência invulgar do outro, e na sua capacidade para produzir o que apregoa. Acredita também que pode jogar e vencer. Enganou-se. Um virús poderoso entrou no sistema e só o antídoto certo poderá travá-lo. O que é brilhante na história é que o perigo não está nas máquinas sofisticadas, que estão na base de toda a actividade do organismo. O perigo vem da mente humana. É o Homem que age de forma perigosa. É o Homem que se destrói a si e às máquinas. Ainda e sempre, o Homem.
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