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Agosto
(Rubem Fonseca)

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Ao entrelaçar episódios da História do Brasil com a morte de um industrial, Rubem Fonseca faz a composição do romance Agosto. De início, sabemos que Gomes Aguiar, um bem sucedido industrial, sócio da CEMTEX, fora assassinado em sua residência em circunstâncias misteriosas. Eleito para investigar esse crime, Alberto Mattos, comissário de polícia, tem apenas um única pista: um anel com a letra ?F? gravada. Promovendo cortes e alternando cenas, o narrador focaliza aqueles que articulam o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, responsável pela ?Tribuna da Imprensa?. Porta-voz dos ideais da UDN, Lacerda é alvo de desafetos daqueles que apoiam Getúlio. Disposto a levar em frente as suas investigações, Mattos  percorre um labirinto de enganos sucessivos e  acaba associando a letra ?F?, gravada no interior do anel, ao nome de Gregório Fortunato, o Anjo Negro, chefe da guarda presidencial. ?No Palácio da Guerra, o general Zenóbio, herói da FEB e Ministro da Guerra, declarou estar plenamente satisfeito com a conduta das tropas da Vila Militar, que permaneciam de prontidão para garantia do regime e da Constituição, a rádio Globo notícia idêntica, também chamando Zenóbio de herói da FEB, fora publicada naquele dia pela Última Hora. O governo decidira impedir a divulgação de notícias alarmistas. As emissoras de rádio noticiavam os acontecimentos controlados pela polícia.? Um clima de tensão, de angústia atinge todos os níveis. No âmbito particular, por exemplo, Mattos sente fortes dores de  estômago, Alice quase ateia fogo no apartamento do Comissário ao sofrer uma crise de nervos enquanto o Chefe das forças Armadas sugere, a renúncia de Getúlio. Nesse contexto, a morte surge como uma saída inevitável. Ela parece ser a solução para  o caos instaurado no país. No plano político, Getúlio suicida-se e provoca a comoção nacional. Logo depois, o assassinato de Mattos é motivo de consternação de seus companheiros. Assim , o fio condutor da trama policialesca é o mesmo que reconstrói a história  dos últimos dias de Vargas. O desfilar incessante de episódios desenha o perfil de um país que vive sob o signo do caos. Enquanto o suborno é prática constante no cotidiano da sociedade civil, a corrupção e o protecionismo econômico se fazem presentes nas esferas do poder. ?Toda delegacia tinha um tira que recebia dinheiro dos bicheiros da jurisdição para distribuir com os colegas. Esse policial era conhecido como ?apanhador?. O dinheiro dos bicheiros ? o levado- variava de acordo com o movimento dos pontos e a ganância dos delegados.? ?Nenhum deles queria sacrificar a vidinha confortável que levavam à custa do presidente, bebendo uísque nas boates e andando com putas?  ?Todos haviam enriquecido no governo? A imprensa, ora a serviço de uns, ora a serviço de outros, divide e mobiliza a opinião pública, de forma sensacionalista. Pouco crítica e sem nenhum distanciamento dos fatos, ela é a via de denúncia ou alvo de censura. Sugerindo o fim do caos, a volta ao equilíbrio, o narrador nos informa que a cidade tivera um dia tranqüilo, o comércio e o cinema funcionaram normalmente. Cidade maravilhosa para os estrangeiros, lugar de violência,  miséria e instabilidade política para os brasileiros, o Rio é o núcleo dos conflitos nacionais.



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