A Virtude: Segundo O Espiritismo
(Valderedo Borba)
A VIRTUDE: SEGUNDO O ESPIRITISMO A virtude, em seu mais alto grau, comporta o conjunto de todas as qualidades essencial que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, laborioso, moderado, modesto, são qualidades DO homem virtuoso. Infelizmente, infelizmente, elas são com freqüência, acompanhadas de pequenas enfermidades morais que as desonram e as atenuam. Aquele que exibe a sua virtude não é virtuoso, uma vez que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vicio mais contrario: o orgulho. A virtude verdadeiramente digna desse nome não gosta de SE exibir, é adivinhada, mas se oculta na obscuridade e foge da admiração das multidões. São Vicente de Paula era virtuoso; o digno cura d?Ars era virtuoso, e muitos outros pouco conhecidos do mundo, mas conhecido de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam, eles mesmos, que fossem virtuosos, se deixavam ir na corrente de suas santas inspirações; e praticavam o bem com um desinteresse completo e um inteiro esquecimento de si mesmos. É à virtude assim compreendida e praticada que eu vos convido, meus filhos; é a essa virtude verdadeiramente cristã que vos convido a vos consagrar; mas afastai dos vossos corações o pensamento do orgulho, da vaidade, do amor-próprio, que desonram sempre as mais belas qualidades. Não imiteis esse homem que se coloca como modelo e glorifica, ele mesmo, as próprias qualidades a todos os ouvidos complacentes. Essa virtude de ostentação, oculta, freqüentemente, uma multidão de pequenas torpezas e odiosas vilezas. Em principio, o homem que exalta a si mesmo, que eleva uma estátua à sua própria virtude, aniquila, só por esse fato, todo o mérito efetivo que possa ter. Mas, que direi daquele em que todo valor está em parecer o que não é? Quero admitir que o homem que faz o bem sente no fundo do coração uma satisfação íntima, mas desde que essa satisfação se exteriorize para recolher elogios, degenera em amor próprio. Ó, vossos todos os quem a fé cristã reaqueceu com seus raios, e que sabeis o quanto o homem está longe da perfeição, não vos entregueis à semelhante insensatez. A virtude é uma graça que eu desejo aos todos os cristãos sinceros, mas eu lhes direi: Mais vale menos virtude com modéstia do que muitas com o orgulho. Foi pelo orgulho que a humanidade sucessiva se perdeu, e é pela humildade que elas um dia deverão redimir-se. (FRANÇOIS ? NICOLAS ? MADELEINE, Paris, 1863). Bom, meu estimado amigo (a)s, porque não aproveitar o domingo, que é um dia de descontração, para pensarmos um pouquinho no que estamos fazendo da nossa vida? Se estamos acumulando virtudes e eliminando defeitos, ou vice-versa? Sem o peso da cobrança, é claro, com o esforço para nos melhorarmos cada dia mais. Valderedo Borba.
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