Frankenstein
(Mary Shelly)
Fiquei maravilhado logo desde o inicio desta melancólica história de Shelly sobre a natureza da vida e da morte, empirismo e sobre o egoísmo inerente do indivíduo. Na história, Frankenstein (obcecado com a descoberta da força da vida), cria um homem a parir de partes corporais de mortos, trazido galvanicamente para a vida, mas desfigurado grotescamente. O resultado: um monstro muito famoso e um igualmente famoso cientista louco. Esta imagem popular, contudo, não explica o desejo utópico de Frankenstein de conquistar a morte nem se relaciona com a miséria sentida pela criação de Frankenstein, que é imediatamente abandonada pelo seu criador, abominada por toda a gente e forçada a esconder-se em isolamento perpétuo. Como todos nós sabemos, contudo, a experiência de Frankenstein têm consequências sinistras. A criatura, consciente da sua deformidade mas inicialmente possuidora de uma certa candura, torna-se vingativa e assassina. Frankenstein é perseguido pela dor, solidão e remorso. Shelly na sua narrativa evoca a angústia mental experimentada por Frankenstein e pelo seu monstro, contrastadas pelas descrições vívidas das criações transcendentais da Natureza (florestas densas, montanhas imponentes, glaciares, lagos e mares gelados). É triste recordarmos que o livro foi publicado meses antes da morte da filha de Shelly; o seu filho morreu no ano seguinte.
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