Robison Crusoe
(Daniel Defoe)
Robison Crusoe deve ser encarado a dois níveis, a história de aventuras sobre a sobrevivência numa ilha isolada e como uma metáfora sobre como encontrarmos o nosso caminho através da vida. Recomendo que todos os que leiam o livro estejam dispostos a considerar estes dois níveis. Se apenas quiserem a aventura, poderão não ficar totalmente satisfeitos. A linguagem, circunstâncias e atitudes podem desiludir-vos e provavelmente prefeririam ler um Western ou uma aventura de ficção com uma perspectiva mais moderna.Poucos livros levam-nos a reflectir sobre a disponibilidade das comodidades básicas da vida: água, comida, abrigo, vestuário e divertimento. E uma vez que nos tornamos solitários na nossa mente enquanto leitores, Defoe acrescenta a complicação extraordinária de arranjar um companheiro que é totalmente diferente de Crusoe. Isto fornece a oportunidade de vermos as limitações civilizadas de Crusoe comparadas com as mais naturais de sexta-feira. Estas comparações colocarão em causa aqueles que pensam que o caminho civilizado e educado é sempre o melhor.Uma das coisas que gostei especialmente no livro foi que Crusoe é uma pessoa vulgar, que faz montes de erros e sofre muitos contratempos. Se colocarmos um super-herói moderno nesta situação tudo seria resolvido numa questão de minutos com engenhocas que ele iria buscar ao tacão dos sapatos. Talvez eu seja antiquado, mas gosto de situações resolvidas pela tentativa e erro. Parecem-me mais reais.
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